Política Internacional
Eduardo Bolsonaro alerta autoridades brasileiras após novas sanções dos EUA ligadas ao Mais Médicos
Deputado licenciado diz que violações de direitos humanos “não ficam esquecidas” e prevê novas medidas punitivas
13/08/2025
18:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou, nesta quarta-feira (13), a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar vistos e impor restrições a ex-integrantes do programa Mais Médicos e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo ele, a medida é um recado claro a autoridades brasileiras envolvidas em supostas violações de direitos humanos.
“Meus amigos, o secretário Marco Rubio acabou de anunciar mais restrições e também a perda de visto de pessoas envolvidas no programa Mais Médicos. A gente está falando de fatos ocorridos há mais de 10 anos. Então, reparem que esse tipo de violação não fica esquecido”, afirmou Eduardo em vídeo publicado no X (antigo Twitter).
O parlamentar, que está em Washington para reuniões com autoridades norte-americanas, elevou o tom e fez um alerta a integrantes do governo brasileiro.
“Muito pelo contrário: se você é uma autoridade brasileira e está envolvido em qualquer tipo de violação de direitos humanos, meu conselho é: desfaça a besteira que você fez.”
Eduardo Bolsonaro está acompanhado do influenciador Paulo Figueiredo e cumpre agenda oficial nesta quarta (13) e quinta-feira (14) com representantes do Departamento de Estado, do Departamento do Tesouro e assessores da Casa Branca.
Os encontros devem abordar:
Cenário no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional sobre as investigações do 8 de Janeiro;
Reações às sanções recentes contra o Brasil;
Pesquisas de opinião sobre a percepção pública e a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
As medidas anunciadas pelo chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, atingem Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram no Ministério da Saúde durante a execução do Mais Médicos.
Segundo o Departamento de Estado, eles teriam sido cúmplices de um esquema coercitivo para exportação de mão de obra médica cubana, caracterizado como trabalho forçado.
De acordo com os EUA, a operação:
Enriquecia o governo de Havana;
Privava o povo cubano de cuidados médicos essenciais;
Utilizava a Opas como intermediária para contratar médicos cubanos, driblando exigências constitucionais brasileiras e sanções impostas a Cuba.
O Mais Médicos foi criado no governo Dilma Rousseff (PT) para suprir a carência de profissionais em regiões remotas do Brasil. Uma parte significativa dos contratados era composta por médicos cubanos, enviados por meio de acordos com o regime de Havana.
Segundo as acusações de Washington, parte dos salários era retida pelo governo cubano, o que configuraria exploração trabalhista.
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