Política Internacional
Eduardo Bolsonaro articula em Washington novas sanções dos EUA contra autoridades brasileiras
Encontro com integrantes do governo Trump ocorre no mesmo dia em que Tesouro norte-americano cancela reunião com Fernando Haddad
13/08/2025
11:45
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo cumprem agenda nesta quarta-feira (13) em Washington (EUA) para discutir, com integrantes do governo do presidente Donald Trump, a situação política do Brasil e a possibilidade de novas sanções contra autoridades brasileiras.
A reunião acontece no mesmo dia em que o governo norte-americano teria encontro marcado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compromisso cancelado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo elaboraram relatórios para apresentar a autoridades norte-americanas, contendo:
Análise da conjuntura brasileira após a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes;
Panorama do Congresso e do STF, com a posição dos presidentes das Casas Legislativas e ministros da Corte;
Pressão para aprovação, na Câmara, do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro;
Defesa da abertura de processo de impeachment contra Moraes no Senado;
Dados de pesquisas de opinião no Brasil e projeções políticas para os próximos meses;
Propostas de novas medidas contra o país.
Um dos pontos em debate é se o Tesouro dos EUA deve esclarecer oficialmente o alcance da sanção Magnitsky, incluindo possível bloqueio de operações bancárias internas no Brasil, caso haja vínculo com o sistema financeiro norte-americano.
A dupla também avalia sugerir a inclusão da advogada Viviane Barci, esposa de Alexandre de Moraes, na lista de sanções, alegando que o escritório dela atua nos EUA e poderia sustentar financeiramente a família.
Outros ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, também aparecem na lista de possíveis alvos. O relatório aponta que ambos possuem imóveis no exterior e que a ameaça de sanções poderia aumentar a pressão sobre Moraes.
Paulo Figueiredo, ex-sócio de Donald Trump em empreendimento no Rio de Janeiro, tem atuado para abrir portas a Eduardo Bolsonaro em Washington desde o início do segundo mandato do republicano. Entre os interlocutores estão o secretário de Estado Marco Rubio e conselheiros como Jason Miller e Steve Bannon.
A movimentação reforça a estratégia internacional de Eduardo para buscar apoio externo e influenciar o cenário político interno brasileiro, ampliando o uso da Lei Magnitsky como ferramenta de pressão sobre o STF.
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