Política / Justiça
Eduardo Bolsonaro articula sanções contra Moraes na Europa e Mercosul
Após sanções dos EUA, deputado busca apoio internacional para pressionar o ministro do STF com base na Lei Magnitsky
05/08/2025
17:15
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que pretende articular com países da Europa e do Mercosul a adoção de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), semelhantes às impostas pelos Estados Unidos. Em entrevista concedida ao portal Metrópoles nesta terça-feira (5), o parlamentar afirmou que irá denunciar o magistrado por supostas violações de direitos humanos em esferas internacionais.
“A gente vai conseguir fazer o mesmo movimento: denunciar as violações de direitos humanos do Alexandre de Moraes”, afirmou Eduardo Bolsonaro, que atualmente se encontra nos Estados Unidos e estuda viajar à Europa para ampliar sua articulação diplomática.
O deputado explicou que, antes de sair do país, pretende se certificar de que não consta em nenhuma lista de procurados da Interpol. A ofensiva internacional ocorre após o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, aplicar no dia 30 de julho a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.
A Lei Magnitsky é um mecanismo legal usado pelos EUA para sancionar estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. A medida incluiu Moraes na lista do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que administra os programas de sanções internacionais.
Com isso, o ministro:
Teve bens e contas bancárias nos EUA bloqueados;
Está proibido de fazer negócios com empresas ou cidadãos norte-americanos;
Não pode utilizar cartões de crédito vinculados a instituições financeiras dos EUA;
Tem seu nome publicado em plataformas do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
A estratégia de Eduardo Bolsonaro é ampliar a pressão internacional sobre Alexandre de Moraes, buscando que outros países sigam o exemplo dos Estados Unidos. Segundo o parlamentar, sua atuação tem como objetivo denunciar o que chama de "abuso de autoridade e perseguição política" promovida pelo STF.
A movimentação ocorre em meio a uma série de críticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário brasileiro, especialmente no contexto das investigações e ações que tramitam no Supremo envolvendo lideranças da direita.
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