POLÍTICA
Além de Michelle e Eduardo Bolsonaro: Veja quem mais foi citado na delação de Mauro Cid
Delação inclui nomes de políticos, militares e empresários sob suspeita de trama golpista
27/01/2025
17:31
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram mencionados como integrantes da ala mais radical do entorno do então presidente Jair Bolsonaro (PL) nas delações do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal. Além deles, outros nomes de destaque foram citados, ampliando o alcance das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
A ex-primeira-dama e o deputado federal foram apontados por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, como membros ativos de um grupo que "conversava constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado". Segundo o depoimento, o grupo incluía também figuras como Ciro Nogueira (foto), Flávio Bolsonaro, e Bruno Bianco, entre outros nomes influentes.
Além de Michelle e Eduardo Bolsonaro, Ciro Nogueira, Flávio Bolsonaro e Bruno Bianco também foram mencionados na delação de Mauro Cid. O tenente-coronel relatou que esses indivíduos faziam parte de uma ala "radical" que apoiava iniciativas para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, alegando fraude nas urnas.
O depoimento de Mauro Cid, realizado em agosto de 2023, mencionou 9 dos 40 nomes que foram indiciados pela Polícia Federal por suspeita de participação em uma trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A investigação foi concluída em novembro de 2024, com 37 indiciamentos, e em dezembro daquele ano, 3 nomes adicionais foram incluídos.
Apesar das menções, Michelle e Eduardo Bolsonaro não foram indiciados pela PF. A defesa de Jair Bolsonaro manifestou indignação diante dos "vazamentos seletivos" e reclamou da impossibilidade de acesso à íntegra dos depoimentos de Mauro Cid.
Neste domingo, 26 de janeiro, Michelle Bolsonaro voltou a ironizar a delação do tenente-coronel, publicando um áudio de risadas e uma figurinha com uma mulher chorando sobre duas xícaras. Eduardo Bolsonaro também reagiu nas redes sociais, postando no Twitter:
“Mauro Cid fez diversas delações, mudou sua versão várias vezes. Mas se os advogados de defesa de @jairbolsonaro pagarem para a Folha R$ 1,90/mês durante 6 meses poderão ter acesso à primeira delas”.
De acordo com Mauro Cid, havia duas alas distintas no entorno de Jair Bolsonaro:
Ala Radical: Defendia a desmobilização dos acampamentos de apoiadores do presidente em frente aos quartéis e a reversão do resultado eleitoral. Compunham esse grupo:
Ala Moderada: Defendia que o presidente desistisse de quaisquer tentativas de reversão do resultado eleitoral para evitar um golpe de Estado. Este grupo incluía:
Eduardo Pazuello, por meio de sua assessoria, negou ter apoiado uma ruptura institucional. Onyx Lorenzoni e Gilson Machado não retornaram às solicitações de comentário. O senador Magno Malta afirmou:
“Minhas interações com Bolsonaro após as eleições eram pautadas em momentos de consolo, orações e leitura da Bíblia”, disse em nota.
Luis Carlos Heinze manteve que recorreu aos mecanismos legais disponíveis diante das dúvidas sobre o escrutínio das urnas de 2022. Jorge Seif qualificou as afirmações de Mauro Cid como "falaciosas".
As defesas de Walter Braga Netto e Mário Fernandes consideraram os depoimentos de Cid infundados, afirmando que as prisões preventivas são despropositadas e que as acusações são fabricadas.
As delações de Mauro Cid continuam a gerar repercussão no cenário político brasileiro, envolvendo figuras de destaque no entorno de Jair Bolsonaro. Com os indiciamentos e as negações das defesas, o caso permanece em investigação, impactando a dinâmica política e a percepção pública sobre a integridade das instituições.
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