Campo Grande (MS), Domingo, 14 de Setembro de 2025
Política / Justiça
Depoimento do “Careca do INSS” à CPMI está marcado para segunda-feira
Lobista Antônio Carlos Camilo Antunes foi preso pela PF na Operação Cambota, desdobramento da investigação sobre fraudes no INSS
14/09/2025
10:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, deve prestar depoimento à CPMI do INSS nesta segunda-feira (15), às 16h. Preso pela Polícia Federal na última sexta-feira (12), ele é apontado como peça central no esquema de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas.
Apesar da prisão, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação do investigado para que ele compareça à CPMI.
“Ele já estava convocado, já tinha sido intimado pela Polícia Legislativa e eu espero que o STF mantenha a ida dele, para que possa prestar esclarecimentos de como conseguiu roubar a Previdência brasileira, quem são os servidores envolvidos e quais políticos foram favorecidos”, disse Viana.
A prisão de Antunes ocorreu no âmbito da Operação Cambota, autorizada pelo ministro do STF André Mendonça. A ação é um desdobramento da Operação Sem Desconto, que apura uma das maiores fraudes já registradas contra a seguridade social no país.
Na mesma operação, também foi preso o empresário Maurício Camisotti, igualmente convocado a depor na comissão.
O “Careca do INSS” é considerado pelos parlamentares como o “epicentro operacional” do esquema. Apenas para sua convocação, foram apresentados 14 requerimentos, incluindo os do próprio presidente da CPMI e do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
Em um dos pedidos (REQ 35/2025), o senador Izalci Lucas (PL-DF) destacou que relatórios de inteligência financeira apontam movimentações “atípicas e colossais” nas contas de Antunes, incompatíveis com qualquer atividade lícita.
“Tais cifras estratosféricas constituem evidência robusta de seu protagonismo na arquitetura financeira de uma das maiores fraudes já perpetradas contra a seguridade social brasileira”, afirmou Izalci.
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