Campo Grande (MS), Sábado, 06 de Setembro de 2025

Política / Justiça

Defesas de réus do 8 de Janeiro atacam delação de Mauro Cid e tentam distanciá-los de Bolsonaro

Primeira semana de julgamento no STF é marcada por embates sobre provas, liberdade de expressão e atuação das Forças Armadas

06/09/2025

12:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Durante a primeira semana de julgamento do núcleo central da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), as defesas concentraram suas estratégias em dois pontos: enfraquecer a delação premiada de Mauro Cid e distanciar seus clientes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O relator, ministro Alexandre de Moraes, abriu os trabalhos afirmando que não se pode confundir pacificação com covardia e que o STF “não se curva a pressões e ameaças”. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou o 8 de Janeiro como o “apogeu da violência” e pediu a condenação dos acusados pelos cinco crimes da denúncia.

Os votos começam a ser lidos na segunda-feira (9), com Moraes seguido de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. São necessários três votos para condenação ou absolvição em cada crime.

Principais argumentos das defesas

  • Mauro Cid: defesa negou coação na delação, mas afirmou que sua subordinação a Bolsonaro foi confundida com participação criminosa.

  • Alexandre Ramagem (deputado): defesa pediu que informações do caso da “Abin paralela” não sejam consideradas, alegando erro da PGR, e tentou ampliar decisão da Câmara que suspendeu parte da ação penal.

  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha): sustentou que apenas exerceu liberdade de expressão e negou adesão a conspirações, destacando silêncio em reuniões.

  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça): negou ligação entre viagem aos EUA e trama golpista, minimizou a “minuta do golpe” encontrada em sua casa e alegou linchamento moral.

  • Augusto Heleno (general): afirmou ter se afastado de Bolsonaro após sua filiação ao PL e acusou Moraes de postura inquisitiva.

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente): defesa disse que não há provas contra ele, atacou a delação de Cid como viciada e sem corroboração, e classificou como desproporcional pedir penas de 30 anos com base em “atos preparatórios”.

  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa): afirmou que tentou dissuadir Bolsonaro de medidas golpistas e que atuou para manter a coesão institucional das Forças Armadas.

  • Walter Braga Netto (general): defesa apontou contradições na delação de Cid, negou financiamento de atos violentos e disse que não há provas que o liguem a planos de assassinato ou monitoramento de autoridades.

O ponto central

Apesar das divergências, todas as defesas convergiram em duas linhas:

  1. Descredibilizar Mauro Cid, apontando suposta coação e inconsistências na delação.

  2. Separar seus clientes de Jair Bolsonaro, para evitar que a ligação política se converta em responsabilidade penal.


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