Política / Justiça
STF reforça segurança em Brasília para julgamento da trama golpista
Polícia vai monitorar Praça dos Três Poderes; mais de 500 jornalistas estão credenciados para acompanhar o caso
01/09/2025
08:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) amanheceu nesta segunda-feira (1º/9) com segurança reforçada, em preparação para o início do julgamento da suposta trama golpista que teria buscado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022.
O reforço inclui efetivo extra da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que permanecerá de prontidão até o dia 12 de setembro, prazo estimado para o encerramento do julgamento. Além disso, começou a operar uma Célula Presencial Integrada de Inteligência, instalada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), reunindo órgãos locais e nacionais para monitoramento presencial e digital.
A partir desta terça-feira (2), o entorno do Supremo será controlado por um esquema integrado entre a Polícia Judicial Federal e a SSP-DF, com proibição de manifestações e acampamentos nas proximidades. Policiais farão abordagens, revistas de mochilas e bolsas, e monitoramento com drones de imagem térmica.
Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar presencialmente as sessões, em vagas limitadas. Entre a imprensa, já são 501 jornalistas credenciados, incluindo correspondentes estrangeiros.
Apesar do reforço, não haverá interdições na Esplanada dos Ministérios durante a semana, exceto para o desfile de 7 de Setembro. Nesse caso, o bloqueio será iniciado no dia 6/9, a partir das 17h na Catedral de Brasília e, às 23h, na alça leste próxima à Rodoviária do Plano Piloto. O acesso ao público será aberto às 6h no dia do desfile, com restrição a armas, objetos cortantes, substâncias inflamáveis, recipientes de vidro, fogos de artifício, barracas, mochilas grandes e drones não autorizados.
Desde agosto, o STF vem adotando medidas preventivas, como varreduras no edifício-sede e até nas residências dos ministros da Primeira Turma, composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Cerca de 30 agentes da Polícia Judiciária de outros estados foram deslocados para Brasília, com parte deles permanecendo em dormitórios montados dentro do Supremo.
O julgamento envolve Bolsonaro e outros sete aliados do chamado núcleo central da trama. Eles respondem por crimes que podem somar mais de 40 anos de prisão, entre eles:
Organização criminosa armada
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado por violência e grave ameaça
Deterioração de patrimônio tombado da União
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto, monitorado por tornozeleira eletrônica. Sua presença no julgamento dependerá de autorização de Moraes para o deslocamento.
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