POLÍTICA
"Caguei para a prisão", diz Bolsonaro após denúncia da PGR por trama golpista
Ex-presidente mantém discurso desafiador e critica STF e PGR em evento do PL; julgamento pode ocorrer ainda em 2024.
20/02/2025
17:55
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre sua suposta participação em uma trama golpista para se manter no poder em 2022. Durante um evento do PL nesta quinta-feira (20), em Brasília, Bolsonaro ironizou a possibilidade de ser preso e afirmou:
"O tempo todo [é] 'vamos prender o Bolsonaro'. Caguei para a prisão."
A PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 investigados por crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito, com penas que podem chegar a 50 anos de prisão.
📌 O ex-presidente negou qualquer tentativa de golpe e classificou a acusação como "golpe da Disney", em referência ao fato de estar em Orlando, nos EUA, durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
📌 Comparou sua situação a casos de corrupção, afirmando que políticos condenados a devolver bilhões seguem em liberdade.
📌 Criticou o STF e Alexandre de Moraes, chamando o ministro de "semideus" e "rei dos inquéritos".
📌 Disse que as eleições de 2018 foram fraudadas, o que já levou à sua inelegibilidade até 2030 por decisão do TSE.
📌 Bolsonaro quer manter sua candidatura "até o último momento" para evitar que outro nome da direita tome seu espaço.
📌 Ele convocou apoiadores para um ato em Copacabana, no dia 16 de março, para pedir anistia aos presos do 8 de janeiro.
📌 O STF deve julgar Bolsonaro ainda neste ano, antes das eleições municipais, para evitar impacto na disputa de 2026.
A delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, foi tornada pública pelo ministro Alexandre de Moraes na última quarta-feira (19), detalhando as acusações de que Bolsonaro sabia e participou dos planos golpistas.
Enquanto enfrenta o cerco judicial, Bolsonaro tenta mobilizar sua base política, mas pode ter sua estratégia comprometida caso o STF avance no julgamento e determine sua prisão.
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