POLÍTICA
Cid afirma que juiz do TSE ajudou a monitorar Alexandre de Moraes; sigilo da delação foi retirado
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirma espionagem contra o ministro do STF durante as eleições de 2022.
20/02/2025
17:35
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou em delação premiada que o ministro Alexandre de Moraes foi monitorado por um juiz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, período em que presidia a Justiça Eleitoral.
A confirmação está em um dos vídeos da delação, cujo sigilo foi retirado nesta quinta-feira (20), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro e mais 33 investigados no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
📌 Monitoramento foi ordenado por Bolsonaro – Cid afirmou que seguiu ordens diretas do ex-presidente para obter informações sobre Alexandre de Moraes.
📌 Contato via coronel Câmara – O tenente-coronel repassou a ordem ao coronel Câmara, que acionou um juiz do TSE para fornecer dados sobre o ministro.
📌 Juiz já foi identificado – Após a revelação, Moraes confirmou que o juiz já foi identificado, mas o nome ainda não foi divulgado.
"Não é um ministro, é um juiz que nós identificamos", afirmou Alexandre de Moraes durante o depoimento de Cid.
A retirada do sigilo dos depoimentos também revelou que o monitoramento contra Moraes aconteceu em outros momentos, com Bolsonaro ordenando o acompanhamento dos passos do ministro.
Segundo os depoimentos, Bolsonaro recebeu informações de que o então vice-presidente Hamilton Mourão teria se encontrado com Moraes em São Paulo, o que motivou a espionagem.
A PGR também apresentou denúncia contra Bolsonaro, acusando o ex-presidente de planejar e concordar com ações para assassinar:
✔️ Luiz Inácio Lula da Silva (presidente da República)
✔️ Geraldo Alckmin (vice-presidente da República)
✔️ Alexandre de Moraes (ministro do STF)
O plano, batizado de "Punhal Verde Amarelo", teria sido arquitetado e levado ao conhecimento de Bolsonaro, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Com a divulgação do conteúdo da delação, os desdobramentos da investigação devem aprofundar as apurações sobre o envolvimento de membros do governo anterior e possíveis responsabilizações criminais.
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