Campo Grande (MS), Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

ECONOMIA

Lula publica decreto nos próximos dias para corrigir salário mínimo; valor deve subir para R$ 1.518

A nova fórmula pode resultar em perda de R$ 10 mensais para trabalhadores, aposentados e pensionistas

26/12/2024

12:00

DA REDAÇÃO

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicará nos próximos dias um decreto presidencial para corrigir o valor do salário mínimo, que, segundo interlocutores do governo, deve subir para R$ 1.518 em 2025.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.412. Se confirmado o novo valor, o aumento será de R$ 106, equivalente a um aumento de 7,5%. A correção valerá a partir de janeiro, com pagamento previsto para fevereiro do ano que vem. O valor oficial do salário mínimo em 2025 só será confirmado com a publicação do decreto presidencial, prevista para ocorrer até o fim do ano.

Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, nos anos de 2020, 2021 e 2022, o salário mínimo foi ajustado apenas pela inflação, sem aumento real. Em 2023, foi previsto um pequeno aumento acima da inflação.

Perda de R$ 10

O aumento do salário mínimo em 2025 já considera a nova fórmula, que foi limitada no fim do ano passado por conta do pacote de cortes de gastos proposto pela equipe econômica. Pela nova fórmula de cálculo do salário mínimo, a correção se dá pela inflação (INPC) calculada em doze meses até novembro (4,84%), mais o crescimento do PIB de dois anos atrás, neste caso 2023, mas limitado a 2,5%. No ano retrasado, o PIB avançou 3,2%. Entretanto, como há a limitação, será utilizado o teto de 2,5%.

Por essa nova fórmula, já aprovada pelo Legislativo, o salário mínimo, arredondado, seria de R$ 1.517. Mas a informação de fontes do governo é de que o arredondamento será feito para cima, fixando o valor em R$ 1.518 para o ano de 2025. Pelo formato anterior de reajuste do salário mínimo, o valor deveria subir de acordo com a inflação de doze meses até novembro, ou seja, 4,84%, mais a variação do PIB de dois anos antes, ano de 2023, ou seja, 3,2%. Não havia, no formato anterior, a limitação de 2,5%. Com isso, o salário mínimo subiria para R$ 1.528.

Considerando a diferença entre a fórmula anterior de aumento do salário mínimo (R$ 1.528), já abandonada por conta do pacote de cortes de gastos aprovado pelo Congresso na semana passada, e o valor que deverá ser apresentado pelo presidente Lula em decreto (R$ 1.518), a perda será de R$ 10 mensalmente para os trabalhadores, aposentados e pensionistas em 2025.

Despesa Menor em 2025

Com a nova proposta para o salário mínimo, o governo deixará de pagar em aposentadorias e benefícios sociais cerca de R$ 4 bilhões em 2025. Isso porque, de acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo se cria uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões.

Pelos cálculos do governo, a nova regra vai implicar em um crescimento menor do salário mínimo nos próximos anos. Com isso, os aposentados, pensionistas e beneficiados por programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que não podem receber menos do que o mínimo, deixarão de receber R$ 110 bilhões até 2030. Isso equivale a um terço da expectativa total de economia de dinheiro público no período: R$ 327,1 bilhões.

Referência para 59,3 Milhões de Pessoas

De acordo com nota técnica divulgada em dezembro do ano passado e atualizada em janeiro de 2024 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor.

O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. De acordo com o Dieese, o pacote fiscal proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso neste mês traz uma série de impactos significativos tanto para a economia quanto para a população, com efeitos já no curto prazo.

 


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