Política / Justiça
Novas sanções dos EUA podem levar Bolsonaro ao regime fechado na Papuda
Aliados de Moraes afirmam que relator endurecerá decisão caso governo Trump amplie medidas contra autoridades brasileiras
15/09/2025
14:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O eventual anúncio de novas sanções do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras ou seus familiares pode ter impacto direto na situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, caso Washington avance com novas medidas, o relator da trama golpista deve determinar que Bolsonaro deixe a prisão domiciliar e seja transferido para o regime fechado, no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O local de cumprimento da pena será definido por Moraes, relator do caso. A defesa do ex-presidente já prepara um pedido para que a condenação seja cumprida em prisão domiciliar.
Atualmente, Bolsonaro cumpre medida semelhante no âmbito de outro inquérito, que apura a atuação dele e do deputado Eduardo Bolsonaro na busca por sanções internacionais contra o Brasil.
De acordo com bastidores do Supremo, Moraes estaria inclinado a rejeitar o pedido de prisão domiciliar. Caso os Estados Unidos anunciem novas sanções, o ministro interpretaria o gesto como tentativa de afronta institucional e reagiria endurecendo as medidas contra o ex-presidente.
“Se houver novas sanções, Bolsonaro vai direto para a Papuda”, afirmou um aliado próximo ao magistrado.
Grupos bolsonaristas aguardam que os EUA apliquem a Lei Magnitsky contra a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Moraes, além de uma nova rodada de revogações de vistos de autoridades brasileiras.
Nos últimos meses, os Estados Unidos já suspenderam vistos de ministros do STF e aplicaram tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras, aumentando a pressão diplomática entre os dois países.
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