Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Ministro Alexandre Moraes determina buscas em endereços de empresários por supostas mensagens golpistas

Mandados são cumpridos em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Advogados e entidades pediram ao STF que empresários fossem investigados.

23/08/2022

08:10

G1

©ARQUIVO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal cumpra mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo em um aplicativo de mensagens.

Os mandados são cumpridos nesta terça-feira (23) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Além das buscas, Alexandre de Moraes também determinou:

  • bloqueio das contas bancárias dos empresários;

  • bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais;

  • tomada de depoimentos;

  • quebra de sigilo bancário.

Mensagens reveladas pelo site "Metrópoles" mostram que empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, passaram a defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT), também candidato à Presidência, vença as eleições de outubro.

Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, enquanto Lula aparece em primeiro, com 47% das intenções.

São alvos da operação desta terça:

  • Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu);

  • Ivan Wrobel (W3 Engenharia);

  • José Isaac Peres (Multiplan);

  • José Koury;

  • Luciano Hang (Havan);

  • Luiz André Tissot (Sierra);

  • Marco Aurélio Raymundo (Mormaii);

  • Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).

Daniel Maia, advogado do empresário Afrânio Barreira, disse que a operação é "fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não têm nenhum fundamento". Disse ainda que o cliente está "absolutamente tranquilo e colaborando com a busca da verdade, a qual resultará no arquivamento da investigação".

Pedido de investigação

Um grupo de advogados e entidades apresentou ao STF um pedido para que os empresários fossem investigados no inquérito que apura atuação de milícias digitais contra a democracia e as instituições.


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