O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu um acidente doméstico no sábado (19), resultando em um ferimento na cabeça que o levou a cancelar sua viagem à Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Kazan, Rússia. A decisão foi tomada por orientação médica, visando evitar viagens longas.

O que é um corto-contuso?

De acordo com o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês de Brasília, Lula sofreu um corto-contuso na região occipital, localizado na parte posterior do crânio. Marcelo Bechara, especialista em clínica médica, explica que o corto-contuso é uma lesão que combina corte e contusão, caracterizada pelo trauma mais profundo nos tecidos abaixo da pele.

Essa lesão geralmente ocorre em situações de impacto com objetos cortantes e pesados, como em quedas, acidentes ou agressões. Se o impacto for severo, pode atingir músculos e até ossos.

Sintomas e riscos

• Dor média a intensa
• Sangramento, hematomas e inchaço
• Tontura e confusão
• Possíveis complicações graves: visão turva, convulsões, desmaios ou até coma.

Dependendo da área e intensidade do impacto, o ferimento pode causar consequências como cefaleias crônicas, problemas de equilíbrio ou visão, cicatrizes ou deformações permanentes.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico pode exigir exames de raio-X, tomografia ou ressonância magnética, dependendo da gravidade. Em casos graves, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos e monitoramento neurológico.

• Casos leves: Higienização do ferimento, curativos e suturas, como foi o caso de Lula, que levou cinco pontos e foi liberado para retomar suas atividades no Palácio da Alvorada.
• Casos mais graves: Podem envolver intervenções intracranianas e acompanhamento neurológico intensivo.

Recuperação

O tempo de recuperação varia de acordo com a gravidade:

• Casos leves: 7 a 10 dias.
• Casos moderados: Semanas.
• Casos graves: Meses ou, em casos extremos, pode não haver recuperação completa.

Durante a recuperação, recomenda-se repouso, vigilância neurológica e, se necessário, fisioterapia ou reabilitação.

Lula e a Cúpula do Brics

O presidente participará do evento por videoconferência e manterá sua agenda normal no Palácio do Planalto durante a semana. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chefiará a delegação brasileira em Kazan.