Saúde & Bem-Estar
Controle de cinco fatores pode prolongar a vida em até 14 anos, revela estudo global
Pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine analisou dados de 2 milhões de pessoas e destaca o impacto do controle da hipertensão, colesterol, diabetes, obesidade e tabagismo.
12/11/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Um estudo de abrangência internacional publicado na revista científica The New England Journal of Medicine apontou que controlar cinco fatores de risco — hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e tabagismo — pode prolongar a vida em até 14 anos. A pesquisa envolveu 2 milhões de pessoas de 39 países e demonstra que hábitos saudáveis mantidos a partir da meia-idade têm impacto expressivo na longevidade.
Segundo os resultados, a ausência dos cinco fatores está associada a 13,3 anos a mais de vida livre de doenças cardiovasculares para mulheres e 10,6 anos para homens. Para quem adota mudanças entre os 55 e 60 anos, os benefícios são ainda mais evidentes: controlar a pressão arterial e parar de fumar são as ações mais decisivas para aumentar o tempo de vida saudável.
Hipertensão e tabagismo são os fatores de maior impacto no risco cardiovascular.
Evitar o diabetes representa ganho médio de 6,4 anos para mulheres e 5,8 para homens.
Abandonar o cigarro pode acrescentar até 5,6 anos de vida saudável.
A combinação de bons hábitos após os 50 anos ainda traz benefícios significativos, mesmo para quem já teve comportamentos de risco.
O levantamento foi conduzido pela Universidade de Hamburgo, com colaboração de centros de pesquisa de todos os continentes. No Brasil, participaram a Universidade de Passo Fundo (RS) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que contribuíram com dados de mais de 2 mil voluntários.
“A diversidade cultural e regional amplia a força dos resultados e mostra que os fatores de risco são universais”, explicou Karen Oppermann, professora da UPF e coautora do estudo.
A professora Eleonora d’Orsi, da UFSC, ressaltou que as políticas do SUS voltadas à prevenção cardiovascular são referência mundial.
“O Brasil tem a política pública de combate ao tabagismo mais bem-sucedida do mundo, além de protocolos consolidados para hipertensão e diabetes”, afirmou.
Ela também enfatizou a importância de programas comunitários, como academias ao ar livre e orientação nutricional, que ajudam a combater obesidade e sedentarismo.
De acordo com o estudo, fatores socioeconômicos influenciam diretamente o risco cardiovascular, já que populações de baixa renda consomem mais alimentos ultraprocessados e têm menor acesso à atenção médica preventiva.
“Desigualdade social está ligada à prevalência de doenças crônicas. Políticas públicas precisam considerar isso”, afirmou Oppermann.
Mesmo após os 50 anos, nunca é tarde para mudar hábitos. Parar de fumar, controlar o peso, adotar uma dieta equilibrada e cuidar da pressão e do colesterol são atitudes capazes de acrescentar até 14 anos de vida saudável.
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