Vivemos mesmo numa roda viva incrível, onde o tempo não passa, voa; que exige compromisso e responsabilidade de cada um, cada vez mais cedo; que nos conduz por caminhos onde os ventos e tempestades são constantes e intensos, como grandes obstáculos que dificultam nossa jornada. No entanto, ainda assim, devemos nos conscientizar disso e nos manter firmes e fortes para seguirmos em frente na busca de nossos ideais.

Diante de tanta turbulência, não podemos negligenciar com a obrigação do nosso crescimento moral e espiritual e nem de privarmos aqueles à nossa volta, o próximo, (parentes ou não) de nossa companhia, nosso exemplo, nossa ajuda de levar conforto, consolo, amor e alegria a todos. E isso não é um simples social, é mandamento de Deus que nos ensina amar o próximo como a nós mesmos.

Aliás, este é o segundo maior mandamento que Ele nos dá. O primeiro é amá-Lo acima de todas as coisas. E como uma coisa está ligada a outra, é oportuno trazer então, à tona, a conversa Dele com seu apóstolo Pedro: - Pedro, tu me amas? Diante das resposta positiva, o Senhor então acrescentou: - Apascenta as minhas ovelhas! (João 21:16-17). Então, é essa a nossa obrigação: ajudarmos nosso próximo para que encontre e siga o caminho que todos trilhamos: o Caminho da Salvação.

Quem não conhece pessoas e até membros de uma mesma família, que não se conversam há anos por se sentirem magoados por episódios ocorridos no passado? Muitos motivos, até banais. E mesmo com o passar do tempo, simplesmente não conseguem se perdoar. Preferem carregar dentro de si, raiva revolta, rancor e até ódio, por anos a fio. Ignoram que esses sentimentos são piores que veneno se entesourados no próprio corpo. Mais cedo ou mais tarde, se não forem libertos a tempo por intermédio do perdão, da humildade e do amor, se transformam em doenças que agravam a saúde do indivíduo e até matam.

“Perdoar para não adoecer”, foi um tema que abordei em outro artigo publicado há alguns anos, devido a essa mesma preocupação, de constatar inúmeros casos de famílias com seus relacionamentos rompidos devido a fatos ocorridos no passado.

Não se trata de simples teoria, pois a ciência comprova que os indivíduos que carregam no peito e na alma, mágoas, rancores e ódio, são mais propensos a contrair problemas de saúde e até o câncer, uma das mais terríveis doenças que pode atingir pessoas que ficam vulneráveis por conta desses sentimentos ruins.

Felizes são os homens e as mulheres que aprendem a não guardar rancor, ódio e outros sentimentos ruins em relação ao seu próximo, parente ou não. Ao perdoar e esquecer, tende a ter uma vida muito melhor, mais feliz e saudável, tanto no aspecto moral como espiritual. O Senhor conta com isso. Que aprendamos a perdoar e a amar o próximo, mesmo que tenhamos que enfrentar os obstáculos que alguns procuram colocar entre nós, no nosso caminho.

Você e eu temos ao nosso favor o poder e a capacidade de mudar. A cada amanhecer podemos decidir sermos pessoas melhores que no dia anterior e assim sucessivamente.

Primeiro precisamos começar com o agradecimento diário a Deus pela vida. Fazermos isso antes mesmo de nos levantarmos pela manhã. Agradecer pelo privilégio que somente Ele nos dá de vivermos mais um dia. Em seguida, podemos mudar nosso jeito de tratar as pessoas, começando dentro de casa, respeitando mais e amando mais nosso cônjuge, nossos filhos e demais parentes, amigos e até todos aqueles desconhecidos que diariamente encontramos no caminho. Precisamos e podemos dar mais atenção, carinho e respeito a todos.

Além disso, precisamos ficar atentos às nossas diferentes reações provocadas por variadas situações que o cotidiano nos coloca, no trabalho, na escola, nas ruas ou dentro do próprio lar. Paciência, humildade e tolerância, são alguns atributos do amor que precisamos exercitar sempre para que possamos ser pessoas melhores durante a longa jornada da vida.

E nos conscientizarmos sempre de que temos o poder e a capacidade de mudar, para melhor, a cada amanhecer.

*Jornalista e Professor