As autoridades da Indonésia confirmaram nesta segunda-feira (23) que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi localizada com vida após cair de um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas).

De acordo com o comunicado, Juliana foi encontrada às 7h05 no horário local (20h05 de domingo, no horário de Brasília) com a ajuda de um drone equipado com sensor térmico. Ela está a cerca de 500 metros abaixo do ponto onde sofreu a queda, na região conhecida como Cemara Nunggal, próxima à cratera do vulcão.

Resgate adiado por mau tempo

Apesar de ter sido localizada, o resgate não foi realizado ainda. As equipes suspenderam os trabalhos no final da noite de segunda-feira (horário local) devido às condições meteorológicas adversas, que incluem chuva, vento forte e baixa visibilidade.

Segundo a Basarnas, um helicóptero será enviado na manhã desta terça-feira (24), no horário local, levando um grupo especializado de resgate para tentar retirar Juliana do local de difícil acesso.

Família critica demora no resgate

A irmã da brasileira, Mariana Marins, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que a família vive momentos de grande angústia e criticou a lentidão das autoridades indonésias.

“Eles seguem muito lentos. No primeiro dia de resgate, demoraram 17 horas para chegar ao local, dez horas a mais do que deveria. A Juliana está lá sozinha mais uma noite, sem comida, sem água e sem agasalho”, desabafou Mariana.

A família também relatou que contratou, por conta própria, um alpinista independente especializado, que conhece bem a região e estaria tentando alcançar Juliana ainda na noite desta segunda-feira (horário local), acompanhado de outro profissional.

Acidente e falhas no suporte

O acidente aconteceu no sábado (21), quando Juliana fazia uma trilha ao redor da cratera do Monte Rinjani. Segundo relatos, ela ficou para trás do grupo por cansaço, sem o devido suporte do guia responsável, e acabou caindo em um penhasco.

Mariana também criticou a atuação da empresa que ofereceu o passeio.

“Esse é um passeio vendido como turístico. Ninguém ali era especialista em montanhismo. Juliana foi pela vista, pela experiência, como qualquer turista. E uma fatalidade aconteceu”, explicou.

Apoio do governo brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores acompanha o caso e informou que está em contato com as autoridades da Indonésia, pressionando por mais agilidade no resgate.

“Tudo que a Juliana precisa agora é de agilidade. E tudo que ela não tem é tempo”, enfatizou a irmã.

Entenda o caso:

• ✔️ Juliana Marins, 26 anos, caiu de um penhasco no vulcão Rinjani, Indonésia, no sábado (21)

• ✔️ Foi localizada nesta segunda-feira (23), com auxílio de drone com sensor térmico

• ✔️ Está há três dias sem acesso a comida, água ou agasalho, em local de difícil acesso

• ✔️ O resgate foi adiado devido ao mau tempo e deve ser feito com helicóptero nesta terça-feira (24)

• ✔️ Família pede mais agilidade do governo brasileiro nas tratativas com as autoridades indonésias