Direitos / Cidadania
Fraudes no INSS: atendimento presencial começa dia 30 e será feito exclusivamente nas agências dos Correios
Governo mobiliza 4.730 unidades para orientar vítimas de descontos indevidos; filas nas agências do INSS motivaram mudança
22/05/2025
18:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) que o atendimento presencial às vítimas de fraudes e descontos indevidos no INSS terá início no próximo dia 30 de maio, exclusivamente nas agências dos Correios, e não nas unidades do próprio Instituto Nacional do Seguro Social. O objetivo é desafogar a demanda crescente nas agências do INSS, que têm enfrentado longas filas.
Serão mobilizadas 4.730 agências dos Correios, presentes em 66% dos municípios brasileiros.
O atendimento presencial é opcional, já que os canais 135 e aplicativo Meu INSS continuam oferecendo os mesmos serviços.
Não há urgência para comparecer aos Correios. Os descontos já foram suspensos, e o ressarcimento será garantido, segundo o governo.
Verificação de descontos indevidos e identificação das entidades responsáveis.
Protocolo de pedido de informações adicionais.
Notificação da resposta do INSS e agendamento de retorno.
Orientações sobre como contestar descontos e solicitar ressarcimento.
Segundo Juliana Agatte, diretora dos Correios, a lista de agências com esse tipo de atendimento estará disponível no site da empresa e pelo telefone 135.
Apenas um documento de identidade será exigido.
Representantes legais podem comparecer com procuração autenticada, em caso de beneficiários com dificuldades de locomoção.
O presidente do INSS, Gilberto Waller, reforçou que nem o INSS nem os Correios enviam mensagens ou cartas. Os atendimentos devem ser buscados ativamente pelos segurados, pessoalmente ou pelos canais oficiais.
Unidades móveis do INSS — PrevMóvel e PrevBarco — também serão mobilizadas para alcançar comunidades ribeirinhas e isoladas, com menor acesso à internet.
As investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram um esquema de fraude que causou prejuízo estimado de até R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. As irregularidades incluem:
Filiações simultâneas a várias entidades no mesmo dia.
Descontos em lote sem autorização dos beneficiários.
Propina a servidores do INSS para obtenção de dados sigilosos.
A AGU (Advocacia-Geral da União) já pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações investigadas.
A crise levou à demissão do então ministro Carlos Lupi e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, investigado pela PF. Segundo o Jornal Nacional, Lupi teria sido alertado sobre as fraudes ainda em junho de 2023, mas demorou quase um ano para agir.
“Não precisa correria, alvoroço. A qualquer tempo, o ressarcimento será garantido. É ordem do presidente Lula que ninguém que foi lesado será prejudicado”, afirmou o ministro da Previdência, Wolney Queiroz.
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