Campo Grande (MS), Domingo, 28 de Setembro de 2025
Política / Justiça
Barroso se despede da presidência do STF e afirma que tribunal preservou a democracia
Em sessão marcada por emoção, ministro destacou coragem da Corte; Gilmar Mendes exaltou atuação de Moraes e julgamento da trama golpista
25/09/2025
16:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro Luís Roberto Barroso se despediu nesta quinta-feira (25) da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua última sessão à frente da Corte. Em discurso emocionado, ele afirmou que o tribunal cumpriu seu papel de preservar a democracia brasileira nos últimos anos, mesmo diante de pressões e desgastes.
“Gostaria de agradecer muito especialmente a todos os ministros, colegas e amigos aqui do Supremo, pela parceria, apoio, coragem e pela relação construtiva e harmoniosa que tivemos. Tenho muito orgulho de ter dividido com todos a aventura de ter defendido a democracia brasileira.”
Barroso ressaltou que, desde a promulgação da Constituição de 1988, o país não registrou desaparecidos políticos, nem aposentadorias compulsórias por perseguição, e manteve a liberdade de imprensa. Para ele, apesar do “custo pessoal” imposto aos ministros em julgamentos polêmicos, o STF cumpriu sua missão de resguardar o Estado de Direito e promover direitos fundamentais.
O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, prestou homenagem ao colega e também se emocionou. Ele destacou a importância do julgamento da trama golpista de 2022, lembrando que a Corte impediu “o maior assalto contra a democracia na história recente”:
“A democracia brasileira passou incólume por mais essa prova de fogo. O STF conduziu o processo com tranquilidade e de maneira absolutamente regular, com respeito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. E destaco sem exagero o papel singular e quase heroico desempenhado pelo ministro Alexandre de Moraes.”
Gilmar recordou ainda o turbulento período que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e disse que a posse de Barroso à frente do tribunal simbolizou a sobrevivência do STF diante das ameaças.
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