Campo Grande (MS), Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025

Economia / Finanças

Desemprego cai para 5,8% e atinge menor nível da história no Brasil, segundo IBGE

Com mais de 102 milhões de brasileiros ocupados, mercado de trabalho mostra força mesmo com juros altos e incertezas econômicas

31/07/2025

14:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, marcando o menor nível da série histórica iniciada em 2012, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a primeira vez que o índice fica abaixo de 6%, superando o antigo recorde de 6,1% registrado até novembro de 2024.

A marca histórica vem acompanhada de um aumento expressivo na população ocupada, que chegou a 102,3 milhões de pessoas com algum tipo de trabalho — o maior número já registrado na Pnad Contínua, pesquisa do IBGE sobre o mercado de trabalho brasileiro.

IBGE atualiza base de dados com Censo 2022

O resultado incorpora atualizações nas projeções populacionais feitas a partir do Censo Demográfico de 2022. Apesar das mudanças no número absoluto da população, o IBGE afirma que a dinâmica do mercado de trabalho e da renda se manteve estável em relação à série anterior.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, explicou que a nova base populacional permite retratar com mais precisão o comportamento do emprego.

“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, afirmou.

Emprego com carteira e trabalho informal em alta

Entre os destaques da pesquisa estão:

  • Empregados com carteira assinada no setor privado: 39 milhões (novo recorde)

  • Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões, dos quais 6,9 milhões com CNPJ (alta puxada pelos MEIs)

  • População desempregada: 6,3 milhões, queda de 17,4% em relação ao trimestre anterior

  • Renda média: R$ 3.477, com alta de 1,1% no período

  • Taxa de informalidade: 37,8%, contra 38% até março

A criação de vagas foi impulsionada especialmente pelo setor público, com ênfase nas áreas de educação, que geraram mais de 800 mil novos postos de trabalho no período.

Cenário econômico impulsiona emprego, mas gera alerta

O bom momento do mercado de trabalho contrasta com a política monetária adotada pelo Banco Central, que interrompeu na quarta-feira (30) o ciclo de cortes na Selic, mantendo a taxa básica de juros em 15% ao ano. A alta dos juros visa conter a inflação, mas pode comprometer o fôlego do crescimento econômico.

O economista Bruno Imaizumi, da 4intelligence, vê risco na “desarmonia” entre a política fiscal do governo federal — que mantém estímulos ao consumo — e a política monetária.

“Isso é positivo no curto prazo para o mercado de trabalho, mas negativo no médio ou longo prazo”, alerta.

Imaizumi projeta que o desemprego pode cair ainda mais, chegando a 5,4% até dezembro. O envelhecimento da população, que reduz a força de trabalho ativa, também contribui para a redução da taxa, segundo ele.

Participação na força de trabalho ainda abaixo do pré-pandemia

Apesar da queda do desemprego, a taxa de participação — que mede quantas pessoas em idade ativa estão no mercado — ainda está abaixo da média pré-pandemia, com 62,4% em junho contra 63,6% no mesmo período de 2019.

Mesmo assim, o economista Heliezer Jacob, do C6 Bank, acredita que o mercado de trabalho seguirá aquecido ao longo de 2025:

“Nossa projeção é de que a taxa de desemprego encerre o ano próxima a 5,5%, patamar bastante baixo para os padrões históricos do país.”


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