Política / Eleições 2026
Eduardo Leite confirma pré-candidatura à Presidência pelo PSD e acirra disputa interna com Ratinho Júnior
Kassab evita definir apoio e mantém conversas com Tarcísio; partido pode ter mais de um nome até 2026
21/05/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), confirmou nesta terça-feira (20) sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026, durante sua primeira reunião com a bancada do partido na Câmara dos Deputados, em Brasília. Leite se filiou ao PSD em 9 de maio, após deixar o PSDB.
“Sim, eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco esse caminho. É uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer contribuir para o melhor do Brasil”, declarou Leite em coletiva de imprensa.
O cenário dentro do PSD, no entanto, não é simples. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, também é tratado como pré-candidato ao Planalto e tem o respaldo do presidente do partido, Gilberto Kassab, que ainda não oficializou preferência por nenhum dos nomes.
Leite amenizou o clima de competição e afirmou que ambos “estarão juntos” na construção de uma candidatura alternativa ao atual cenário polarizado:
“Se ele [Ratinho Júnior] se apresentar futuramente como um candidato com maior viabilidade, vamos juntos. Não tenho problema com isso.”
No mesmo dia, Ratinho reafirmou seu interesse na disputa presidencial, em entrevista à Jovem Pan, e ressaltou que o PSD deve lançar um nome próprio, mesmo com elogios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também é sondado nos bastidores.
Além de Leite e Ratinho, Gilberto Kassab também mantém conversas com Tarcísio de Freitas, considerado um nome de forte apelo no campo da direita. Contudo, a candidatura de Tarcísio depende diretamente do aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível e réu por tentativa de golpe.
A estratégia de Kassab é clara: manter várias cartas na mesa até o último momento possível, evitando disputas internas diretas e buscando ampliar o leque de alianças no cenário político até 2026.
A cúpula do PSD não demonstra pressa para escolher um nome definitivo e já sinalizou que não haverá prévias ou eleições internas. A escolha final dependerá de fatores como viabilidade eleitoral, alianças regionais e desempenho nas pesquisas até o ano eleitoral.
Leite, por sua vez, trabalha para manter seu nome em evidência, o que pode aumentar seu capital político mesmo que não seja o escolhido. O gaúcho também não descartou disputar uma vaga no Congresso Nacional.
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