Conflitos Internacionais
Índia e Paquistão anunciam cessar-fogo imediato após semana de confrontos violentos na Caxemira
Mediação dos Estados Unidos garantiu trégua entre as potências nucleares; mais de 40 civis morreram na escalada
10/05/2025
12:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Após uma semana marcada pelos confrontos mais violentos das últimas duas décadas, Índia e Paquistão anunciaram neste sábado (10) um cessar-fogo completo e imediato, com nova rodada de negociações marcada para segunda-feira (12). A trégua foi confirmada por autoridades dos dois países e anunciada inicialmente pelo presidente norte-americano Donald Trump, que mediou as negociações.
“Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e grande inteligência”, declarou Trump, ao divulgar o acordo em sua conta no Truth Social.
A tensão teve início em 22 de abril, após um atentado em Pahalgam, na Caxemira indiana, que matou 26 civis hindus. O grupo Lashkar-e-Taiba, de origem paquistanesa e classificado como terrorista pela ONU, foi apontado como responsável. Desde então, os confrontos causaram pelo menos 49 mortes civis — 36 no Paquistão e 13 na Índia —, além de ataques com drones, bombardeios e fogo cruzado ao longo da fronteira.
“Foi o episódio mais violento entre os países desde o início dos anos 2000”, alertaram analistas em segurança internacional.
Na quarta-feira (7), a Índia anunciou ter destruído nove acampamentos terroristas em território paquistanês com ataques aéreos. O Paquistão respondeu com retaliações, afirmando ter derrubado cinco caças indianos e bombardeado alvos militares. A Índia, porém, não confirmou oficialmente essas perdas.
O bombardeio mais letal teria atingido um centro religioso em Bahawalpur, na região de Punjab, matando 13 pessoas, segundo o Exército paquistanês. O premiê paquistanês Shehbaz Sharif prometeu "vingança até a última gota de sangue dos mártires".
A crise gerou preocupação global. ONU, União Europeia, Reino Unido, França e Rússia pediram moderação. O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou:
“O mundo não pode se permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão.”
O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu mediação diplomática para apoiar a aproximação. Também houve ameaças econômicas e diplomáticas, como o anúncio de interrupção de águas fluviais pela Índia — o que Islamabad considerou “ato de guerra”.
Em publicação no X, o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar, declarou que o país “sempre lutou pela paz e segurança na região, sem comprometer sua soberania e integridade territorial”. O espaço aéreo paquistanês foi reaberto nesta manhã.
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