Campo Grande (MS), Quinta-feira, 19 de Junho de 2025
Economia
Dólar despenca após anúncio de tarifas de Trump e Ibovespa fecha estável
Brasil é menos impactado por medidas dos EUA, e mercado reage com alívio à nova rodada de tarifas internacionais
03/04/2025
17:35
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (04) em forte queda de 1,23%, cotado a R$ 5,628, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas comerciais recíprocas durante discurso na Casa Branca. Já o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia próximo da estabilidade, aos 131.140 pontos, refletindo o impacto limitado sobre o Brasil nas novas medidas.
Durante o evento batizado de “Dia da Libertação”, Trump detalhou a nova estratégia comercial, estabelecendo tarifas de até 35% para países asiáticos e do Oriente Médio, como Tailândia, Bangladesh e Sri Lanka. O Brasil, no entanto, foi taxado em 10%, o equivalente à alíquota já cobrada sobre produtos norte-americanos no território nacional.
“Foi um movimento de alívio para o mercado brasileiro, já que o país foi relativamente poupado em comparação a outras economias”, analisam especialistas.
A forte queda do dólar frente ao real foi impulsionada por:
Percepção de menor impacto para o Brasil
Aposta de investidores estrangeiros em mercados emergentes
Temores de recessão nos EUA com políticas protecionistas
Por outro lado, o Ibovespa operou sem grandes oscilações, influenciado pela queda das commodities, como petróleo e minério de ferro, o que afetou diretamente ações de peso como Petrobras e Vale.
O mercado também aguarda com expectativa a divulgação do Payroll, relatório de empregos dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta-feira (05). O dado é crucial para as próximas decisões do Federal Reserve sobre a política monetária norte-americana, podendo influenciar os rumos da economia global.
Em resposta ao cenário internacional, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei de Reciprocidade Econômica, que autoriza a Camex (Câmara de Comércio Exterior) a aplicar medidas contra países que imponham barreiras a produtos brasileiros, incluindo sobretaxas e restrições não-tarifárias.
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