Campo Grande (MS), Sábado, 22 de Fevereiro de 2025
ECONOMIA
Preço do ovo sobe mais de 40%: entenda os motivos e a previsão para os próximos meses
Alta no custo do milho, calor extremo e demanda aquecida impulsionam aumento do preço
22/02/2025
08:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O preço do ovo disparou no Brasil, registrando uma alta de mais de 40% em fevereiro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea - Esalq/USP). Entre os fatores que explicam o aumento estão a elevação dos custos de produção, o forte calor que afeta a produtividade das aves e o crescimento da demanda durante a Quaresma.
📌 Demanda sazonal – Quaresma: Durante esse período de 40 dias que antecede a Páscoa, muitos consumidores, especialmente os católicos, reduzem o consumo de carne vermelha e aumentam a procura por ovos.
📌 Custo do milho: O milho, principal insumo da alimentação das galinhas, registrou um aumento de 30% desde julho de 2024, impactando diretamente o custo de produção.
📌 Calor intenso: Temperaturas elevadas reduzem a produtividade das aves, aumentando os custos da produção.
📌 Aumento no custo de embalagens: Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os custos com embalagens subiram mais de 100% nos últimos oito meses.
A ABPA acredita que o preço deve se normalizar até a Páscoa, conforme a demanda sazonal diminuir.
No entanto, o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, alerta que a redução dos preços dependerá do comportamento das proteínas concorrentes, como carne bovina, frango e suína.
📢 Se os preços das carnes continuarem elevados, o consumidor pode seguir optando pelos ovos, mantendo a alta nos preços do produto mesmo após a Quaresma.
De acordo com o Instituto Ovos Brasil (IOB), o consumo de ovos tem aumentado nos últimos anos:
📌 2023: 242 unidades per capita (por pessoa)
📌 2024: 269 unidades per capita
📌 2025 (previsão): 272 unidades per capita
Antes considerado apenas um acompanhamento, o ovo tem se consolidado como uma fonte de proteína essencial na dieta dos brasileiros.
Segundo Tabatha Lacerda, do IOB, ainda não há indícios de que as exportações estejam influenciando os preços internos.
📌 Embora as vendas externas tenham aumentado desde dezembro – impulsionadas pela gripe aviária nos EUA –, elas ainda representam menos de 1% da produção nacional de ovos, estimada em 59 bilhões de unidades para 2024.
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