JUSTIÇA ELEITORAL
Ministra Cármen Lúcia considera preocupante apreensão de dinheiro nas eleições
A presidente do TSE destaca a preocupação com os R$ 21 milhões apreendidos pela Polícia Federal (PF) em todo o país durante o primeiro turno das eleições de 2024 e promete intensificar investigações sobre a origem dos recursos.
07/10/2024
10:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, expressou sua preocupação com as apreensões de grandes quantias de dinheiro em espécie realizadas durante o período eleitoral. Durante sua visita ao Centro de Divulgação das Eleições neste domingo (6), ela comentou sobre a atuação da Polícia Federal (PF), que apreendeu aproximadamente R$ 21 milhões em espécie em diversas partes do país, no contexto do primeiro turno das eleições municipais de 2024.
De acordo com a Polícia Federal, as apreensões ocorreram em diferentes estados brasileiros e foram motivadas por suspeitas de práticas de compra de votos. As operações têm como objetivo coibir possíveis irregularidades eleitorais que envolvem a circulação de dinheiro em espécie durante o processo de campanha.
“A apreensão de dinheiro em espécie é preocupante para todo mundo, mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre esse tipo de prática. Então, daqui para a frente, vamos trabalhar para ter dados”, afirmou a ministra Cármen Lúcia em entrevista, ressaltando a importância de um controle mais rigoroso sobre as movimentações financeiras durante as campanhas eleitorais.
A ministra enfatizou que a Justiça Eleitoral irá atuar em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público para investigar a origem dos recursos apreendidos. A ação integrada tem como objetivo garantir que possíveis casos de compra de votos sejam identificados e punidos conforme a legislação eleitoral.
“O que vemos com preocupação é que o uso de dinheiro em espécie pode estar associado a práticas ilícitas, como a compra de votos, que prejudicam o processo democrático”, disse a presidente do TSE, reafirmando o compromisso da Justiça Eleitoral em garantir eleições transparentes e justas.
A quantia apreendida durante o primeiro turno, de aproximadamente R$ 21 milhões, é considerada significativa e chamou a atenção das autoridades. As operações da Polícia Federal foram realizadas em diferentes estados do país, e o montante apreendido foi registrado como parte de investigações sobre possíveis práticas irregulares que buscam influenciar o resultado eleitoral.
Além das ações de apreensão, a Justiça Eleitoral tem reforçado medidas de fiscalização e monitoramento de possíveis abusos de poder econômico durante a campanha eleitoral, como o uso de recursos não declarados que poderiam ser utilizados para influenciar eleitores de forma indevida.
A ministra Cármen Lúcia destacou a importância de fortalecer a transparência nas eleições e o combate a práticas que possam comprometer a vontade dos eleitores. Ela ressaltou que a atuação coordenada entre o TSE, a PF e o Ministério Público é essencial para garantir que irregularidades sejam identificadas e os responsáveis sejam responsabilizados.
“A partir deste momento, nosso esforço será intensificar as investigações para garantir que o processo eleitoral no Brasil seja cada vez mais transparente e justo, respeitando a vontade do eleitor”, concluiu a ministra.
O segundo turno das eleições municipais está marcado para o próximo dia 27 de outubro, quando eleitores de diversas cidades brasileiras retornarão às urnas para escolher os prefeitos que vão governar nos próximos anos. As investigações e ações de combate às irregularidades continuam em andamento, com a expectativa de que novas apreensões possam ser feitas até a conclusão do processo eleitoral.
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