Política / Economia
Reforma do Imposto de Renda deve injetar R$ 28 bilhões na economia, diz Lula
Presidente destaca isenção para renda até R$ 5 mil e taxação extra sobre alta renda a partir de janeiro
30/11/2025
20:55
DA REDAÇÃO
Presidente Lula durante pronunciamento na noite deste domingo (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento em cadeia nacional na noite de domingo (30), que o Brasil alcançou o menor nível de desigualdade de sua história recente. A fala de aproximadamente seis minutos teve como foco a nova política do Imposto de Renda, que isenta trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês e aumenta a tributação sobre contribuintes de alta renda. As medidas entram em vigor em janeiro de 2026.
A lei foi sancionada na quarta-feira (26), em Brasília, e cumpre, segundo Lula, um compromisso firmado durante a campanha eleitoral de 2022. O presidente também citou programas como Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo, destacando avanços sociais, mas reconhecendo que a desigualdade ainda é profunda. “O 1% mais rico acumula 63% da riqueza do país, enquanto a metade mais pobre detém apenas 2%”, afirmou.
Lula classificou a mudança como um “passo decisivo” no combate às desigualdades, mas adiantou que novas ações seguirão essa mesma direção. O governo destaca que:
Trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil serão isentos.
Um trabalhador que ganha R$ 4.800 poderá economizar cerca de R$ 4 mil por ano.
A tributação adicional incidirá sobre 140 mil contribuintes de alta renda.
Esses contribuintes passarão a pagar alíquota extra de até 10%.
O governo estima que a maior renda disponível entre os isentos deve injetar R$ 28 bilhões na economia.
Apesar da mudança, a nova legislação não corrige integralmente a tabela do IR, que continua com cinco alíquotas: 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. Quem ganha acima de R$ 7.350 por mês continuará pagando a alíquota máxima. O governo justificou que uma correção completa teria custo superior a R$ 100 bilhões anuais.
Para equilibrar a perda de arrecadação, foi criada uma alíquota extra progressiva para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano, cerca de R$ 50 mil mensais. Hoje, brasileiros de alta renda pagam, em média, 2,5% de IR efetivo, considerando lucros, dividendos e outras fontes — muito abaixo dos 9% a 11% pagos por trabalhadores assalariados.
A nova taxação não atinge rendimentos como:
heranças e doações,
ganhos de capital,
poupança,
aposentadorias por moléstia grave,
indenizações.
Além disso, a lei estabelece limites para evitar que a soma dos impostos pagos por empresas e seus sócios ultrapasse determinados percentuais. Caso isso ocorra, valores devem ser devolvidos na declaração anual.
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