Campo Grande (MS), Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025

Política / Segurança Pública

Governadores criam “Consórcio da Paz” no Rio para integrar forças no combate ao crime organizado

Encontro liderado por Cláudio Castro reúne chefes de estado e discute cooperação entre polícias e inteligência após operação que deixou 121 mortos

30/10/2025

20:00

DA REDAÇÃO

Governadores se reúnem no Rio para discutir segurança pública após operação mais letal da história — Foto: Reprodução TV Globo

Em resposta à megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes e mais de 100 prisões, seis governadores e uma vice-governadora se reuniram nesta quinta-feira (30), no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, e anunciaram a criação do “Consórcio da Paz”, iniciativa voltada à integração das forças de segurança e compartilhamento de inteligência entre os estados.

O anfitrião, Cláudio Castro (PL-RJ), propôs que o consórcio tenha sede no Rio de Janeiro e afirmou que o objetivo é “dividir experiências, estratégias e soluções conjuntas no enfrentamento ao crime organizado”.

“Temos uma grande oportunidade de mudar a segurança pública do país, com integração e diálogo, mas sobretudo com coragem e efetividade”, afirmou Castro.

Participaram da reunião os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Riedel (PP), de Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo (por videoconferência), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

O que é o Consórcio da Paz

Inspirado em outros consórcios interestaduais, o grupo pretende integrar contingentes, tecnologia e recursos financeiros para respostas rápidas em situações emergenciais.
Segundo Caiado, a proposta é permitir mobilização imediata entre estados sem necessidade de autorização prévia.

“A tese do consórcio é permitir que nossas forças atuem de forma integrada e ágil. Isso garante mais eficiência e segurança operacional”, explicou.

“Vamos integrar os estados com todos os meios — contingência, inteligência e apoio financeiro. O importante é que cada um contribua com o que tem de melhor”, completou Jorginho Mello.

O grupo informou que outras unidades da federação serão convidadas a aderir ao projeto nas próximas semanas.

Governadores elogiam operação no Rio

Durante o encontro, os governadores elogiaram a operação deflagrada pelas forças de segurança fluminenses, considerada a mais letal da história do estado.

“Parabenizo a polícia do Rio pela coragem e profissionalismo. Essa operação vai entrar para a história da segurança pública do Brasil”, afirmou Ronaldo Caiado.

“A operação foi bem planejada e executada, com grande apreensão de armas e prisões. Deve ser lembrada como uma das mais bem-sucedidas”, disse Romeu Zema.

Decisão do STF e criação de escritório emergencial

Cláudio Castro citou a ADPF das Favelas, decisão do Supremo Tribunal Federal que define regras para operações policiais em áreas de vulnerabilidade, afirmando que ela serve como modelo de retomada de territórios e integração federativa.

Além disso, Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram na quarta-feira (29) a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, com apoio do Governo Federal.

O plano inclui:

  • Refôrço de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal;

  • Ampliação da inteligência e perícia federal;

  • Disponibilização de vagas em presídios federais para criminosos de alta periculosidade.

Nova lei endurece penas contra quem obstrui investigações

Na mesma semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.245/25, que endurece o combate ao crime organizado. A legislação, de autoria do senador Sergio Moro (União-PR), prevê penas de 4 a 12 anos de prisão para quem ordenar ou financiar atos de violência contra autoridades, testemunhas ou peritos que atuem em processos ligados ao crime organizado.

A nova lei também amplia a proteção pessoal de juízes, promotores, policiais e militares — inclusive aposentados — e seus familiares, especialmente nas regiões de fronteira, como Mato Grosso do Sul.


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