Campo Grande (MS), Terça-feira, 19 de Agosto de 2025

Política / Justiça

‘Pacote da Impunidade’ propõe aval da Câmara para abertura de inquéritos; STF classifica medida como inconstitucional

Proposta negociada após motim bolsonarista inclui mudanças no foro privilegiado e restrições a investigações contra parlamentares; Polícia Federal alerta para risco de asfixia ao trabalho investigativo

11/08/2025

10:00

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O pacote de medidas apelidado de “pacote da impunidade”, em negociação na Câmara dos Deputados, prevê que a abertura de inquéritos policiais contra parlamentares dependa de autorização da Mesa Diretora da Casa. A proposta, articulada após o motim de deputados bolsonaristas que ocuparam a presidência da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, é classificada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “aberração” e inconstitucional.

A negociação, conduzida com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), inclui ainda mudanças no foro privilegiado e restrições ao cumprimento de medidas judiciais dentro do Congresso. Na Polícia Federal, a percepção é de que a medida pode asfixiar investigações.

Principais pontos do acordo em discussão

  • PEC das Prerrogativas: ações penais contra parlamentares só poderão ser abertas com aval do Congresso; prisão em flagrante limitada a crimes inafiançáveis previstos na Constituição.

  • Controle de medidas judiciais: ordens judiciais contra deputados e senadores só poderão ser executadas dentro do Congresso com autorização legislativa.

  • Mudança no foro privilegiado: processos hoje sob competência do STF passariam para instâncias inferiores, o que, segundo aliados de Bolsonaro, poderia retirar das mãos de Alexandre de Moraes a ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.

Repercussão

  • STF: ministros ouvidos classificam a proposta como “aberração” e inconstitucional.

  • Polícia Federal: vê risco de paralisação de investigações sensíveis.

  • Parlamentares do PL: defendem tramitação acelerada, apelidando de “votação fast food”.

O texto final deve ser fechado na reunião de líderes marcada para a próxima terça-feira (12). Apesar de impulsionada pelo caso Bolsonaro, a proposta pode favorecer outros políticos investigados, incluindo aqueles sob suspeita em casos de emendas parlamentares.


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