ECONOMIA
Dilma Rousseff deve ser reconduzida à presidência do banco do Brics, com apoio de Putin
Ex-presidente brasileira segue à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição do Brics com sede em Xangai
23/10/2024
17:00
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Dilma Rousseff (PT) deverá ser reconduzida ao comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como banco do Brics, após receber apoio explícito do presidente russo Vladimir Putin. A decisão foi tomada durante uma reunião fechada entre chefes de Estado e de governo do bloco, realizada nesta quarta-feira (23) em Kazan, na Rússia. Putin abriu mão da vez russa de comandar a instituição, fortalecendo a permanência de Dilma no cargo.
O NDB, criado em 2015, opera com mandatos rotativos de cinco anos para a presidência. Inicialmente chefiado por um indiano, o banco foi posteriormente liderado por Marcos Troyjo, indicado por Jair Bolsonaro (PL). Em 2023, Dilma assumiu a liderança e seu mandato está previsto para se estender até 2025.
Recentemente, a ex-presidente expressou saudades do Brasil em uma conversa com jornalistas, após receber uma medalha do líder chinês Xi Jinping. Apesar do desejo de retornar ao país natal, Dilma tem alinhado sua retórica internacional com os interesses da Rússia e da China, o que ampliou seu apoio em Moscou, segundo diplomatas presentes na cúpula.
Durante as reuniões em Kazan, Dilma apresentou propostas para reduzir a dependência global do dólar nas transações financeiras, medida que é vista com bons olhos por Putin, que enfrenta sanções severas devido à guerra na Ucrânia. A ex-presidente é entusiasta da substituição do dólar por moedas nacionais e da criação de um sistema alternativo ao Swift para compensações financeiras internacionais.
A declaração final da cúpula do Brics condenou sanções unilaterais, mas não detalhou mecanismos concretos para mitigar a dominância do dólar. A ideia de uma moeda comum, anteriormente ventilada, foi descartada.
O NDB já emprestou o equivalente a R$ 188 bilhões, mas está impedido de financiar projetos na Rússia devido às sanções internacionais. No Brasil, cerca de R$ 30 bilhões foram destinados a diversos projetos.
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