Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

A luta é de todos

Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher: a importância da conscientização e da proteção aos direitos femininos

Data é marcada por reflexões e ações para o combate à violência de gênero no Brasil

10/10/2024

07:30

DA REDAÇÃO

Neste 10 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, uma data que tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância de combater todas as formas de violência de gênero e reforçar a luta por direitos e pela proteção das mulheres. Criada para dar visibilidade ao enfrentamento da violência doméstica, psicológica, sexual e institucional, a data também busca sensibilizar a população e os governos sobre a necessidade de políticas públicas que garantam a segurança e o respeito aos direitos femininos.

A realidade da violência contra a mulher no Brasil

A violência contra a mulher ainda é um problema grave no Brasil, com dados alarmantes que mostram a urgência de ações mais efetivas. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, o país registrou mais de 60 mil casos de violência doméstica e 1.300 casos de feminicídio, sendo este último um crime que expõe a face mais extrema da violência de gênero. As estatísticas indicam que muitas mulheres são agredidas, violentadas ou até mortas dentro do ambiente doméstico, muitas vezes pelos próprios parceiros ou ex-parceiros.

Além da violência física, muitas mulheres enfrentam também a violência psicológica e moral, que podem deixar marcas profundas e difíceis de cicatrizar. A dependência econômica, o medo e a falta de apoio são alguns dos fatores que dificultam a busca por ajuda, tornando a luta contra a violência ainda mais desafiadora.

A importância do enfrentamento e da denúncia

O Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher é um momento para reforçar a importância da denúncia como uma forma de quebrar o ciclo de violência. O Disque 180, que é um serviço de atendimento especializado, oferece orientação e apoio às vítimas, além de receber denúncias de violência doméstica. As chamadas são gratuitas e podem ser feitas de qualquer lugar do país, garantindo o anonimato das denunciantes.

É essencial que a sociedade como um todo esteja comprometida com o enfrentamento da violência de gênero, oferecendo suporte às vítimas e incentivando a busca por ajuda. Além disso, é fundamental que os poderes públicos e as instituições de justiça estejam alinhados na aplicação de políticas de proteção e acolhimento, como a Lei Maria da Penha, considerada um marco no combate à violência contra a mulher no Brasil.

Políticas públicas e desafios

A criação de políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres é um dos pilares fundamentais para a mudança desse cenário. O Brasil conta com diversos instrumentos legais para enfrentar a violência de gênero, como a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015), que inclui o feminicídio como uma qualificadora do crime de homicídio.

No entanto, ainda existem desafios significativos, como a necessidade de garantir uma rede de atendimento eficaz para as mulheres em situação de violência, com casas-abrigo, delegacias especializadas, atendimento psicológico e jurídico gratuito. A falta de investimentos e a desigualdade no acesso aos serviços, especialmente em áreas rurais e periferias, são obstáculos que precisam ser superados.

A luta é de todos

O Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher também é um convite à reflexão e à mobilização de toda a sociedade. É importante que homens e mulheres se unam nessa causa, promovendo debates, palestras e ações de conscientização que reforcem a importância do respeito e da igualdade de gênero. Somente com o envolvimento de todos é possível construir uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.

A data lembra que a violência contra a mulher não é um problema apenas individual, mas um reflexo de desigualdades estruturais que precisam ser enfrentadas por meio de políticas públicas e mudanças culturais. É um momento para lembrar das vítimas, apoiar as sobreviventes e reafirmar o compromisso com a construção de um futuro em que todas as mulheres possam viver livres da violência.


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