POLÍTICA
STF decide soltar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Decisão do ministro Alexandre de Moraes acontece após pedido do advogado do tenente-coronel, Cezar Bittencourt. Ele será liberado na tarde desta sexta-feira (3) após pedido de livramento condicional.
03/05/2024
13:55
G1
Andréia Sadi, Arthur Stabile
©DIVULGAÇÃO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu soltar da prisão Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) ,na tarde desta sexta-feira (3). A liberação ocorre exatamente um ano após a sua primeira prisão, em 3 de maio de 2023.
Moraes concedeu a liberdade provisória de Cid mantendo medidas cautelares definidas no processo, como não falar sobre as investigações -- motivo que gerou a prisão em 22 de março.
"Além disso, em seu pedido de liberdade provisória, o investigado reafirmou a validade dos relatos prestados em sede policial e informou que, em liberdade, continuará contribuindo com as investigações", afirmou Alexandre de Moraes, em sua decisão.
O ministro ainda manteve integralmente o acordo de colaboração premiada firmado pelo militar com a PF.
A informação da liberdade de Mauro Cid foi antecipada ao blog pelo defensor do militar, Cezar Bittencourt. "Saiu a liberação do Cid. Ele sairá [da prisão] ao final da tarde", confirmou o defensor ao blog.
Cid foi preso no dia 22 de março durante depoimento à Polícia Federal (PF), após o vazamento de áudios em que atacou a corporação e o Supremo Tribunal Federal (STF). Á época, ele foi ouvido por cerca de 30 minutos por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, e desmaiou quando soube que seria preso novamente.
A ordem de prisão ocorreu porque o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro quebrou o sigilo da delação com a PF, homologada por Moraes, e falou sobre as investigações.
Nos áudios, Cid alegou a um interlocutor não identificado que o STF e a Polícia Federal (PF) estão com a narrativa pronta sobre as investigações, entre elas, a venda de joias recebidas de outros países e a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula.
“Eu vou dizer o que eu senti: eles já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”, disse o tenente-coronel", disse na gravação.
Antes, Cid passou quatro meses preso em um batalhão, em 2023, quando era investigado na operação sobre a falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro, parentes e assessores.
Nesta semana, a alta cúpula do militar não promoveu Mauro Cid a coronel. em teoria, tornar-se coronel era uma possibilidade mesmo preso -- isso porque Cid ainda não foi condenado.
Caso seja condenado a mais de 2 anos por pena restritiva de liberdade, o tenente-coronel deixará de ser militar e seu salário será repassado à esposa, como acontece quando um militar morre.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Zambelli diz que vai se apresentar às autoridades italianas para evitar status de fugitiva
Leia Mais
Eduardo Bolsonaro ignora notificações da PF e não responde sobre inquérito que apura atuação nos EUA
Leia Mais
Trump quer se desfazer de Tesla comprado de Elon Musk após rompimento público
Leia Mais
Vídeo de prefeita dançando de biquíni gera polêmica e levanta debate sobre vida pessoal de autoridades
Municípios