Saúde Bucal
Palito de dente faz mal? Especialista alerta para os riscos e orienta alternativas seguras
Uso frequente pode causar inflamações, retração gengival, desgaste dos dentes e mau hálito
27/10/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O tradicional palito de dente, usado por muitas pessoas após as refeições, pode parecer inofensivo, mas traz riscos reais à saúde bucal. Segundo especialistas, o hábito de utilizá-lo para remover restos de alimentos pode provocar ferimentos, inflamações e até danos estruturais aos dentes e gengivas.
O alerta é do coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professor Marcelo Coessens, que explica que o uso inadequado do acessório pode gerar problemas sérios e cumulativos.
“O palito de madeira tem ponta rígida e fissuras que acumulam microrganismos. Seu uso pode ferir a gengiva, causar retrações, danificar o esmalte dos dentes e até agravar cáries e inflamações gengivais. Além disso, pode levar bactérias e fungos à cavidade oral”, afirma o especialista.
De acordo com Coessens, o palito não faz uma limpeza eficiente e pode até empurrar resíduos alimentares para áreas mais profundas, facilitando o aparecimento de mau hálito e gengivite.
“Em vez de eliminar completamente os restos de comida, o palito espalha bactérias e aumenta o risco de inflamação. É um hábito que prejudica mais do que ajuda”, completa.
Entre os principais riscos do uso contínuo estão:
Ferimentos e inflamações gengivais;
Recessão (retração) gengival;
Desgaste do esmalte dentário;
Agravamento de cáries e infecções;
Mau hálito persistente.
O especialista recomenda substitutos mais seguros e eficazes, sempre com orientação profissional:
Fio dental: remove resíduos e placa bacteriana sem agredir a gengiva;
Escovas interdentais: indicadas para quem usa aparelho ortodôntico ou tem espaçamento entre os dentes;
Enxaguantes bucais: auxiliam na higiene e ajudam a manter o hálito fresco, quando prescritos pelo dentista.
“O ideal é escovar os dentes e passar o fio dental após as refeições. Esse é o cuidado que realmente previne doenças bucais”, reforça Coessens.
Mesmo os modelos modernos — de plástico ou com fio embutido — não são totalmente seguros.
“Eles parecem menos agressivos, mas ainda oferecem risco se usados com força ou frequência. O fio dental continua sendo a melhor opção”, orienta o professor.
O docente lembra que gengivas saudáveis não sangram nem doem.
Se houver incômodo, ferimentos frequentes ou sensibilidade, é importante procurar avaliação odontológica.
“Sangramento ou dor são sinais de que algo está errado. Nesses casos, é essencial consultar um dentista”, conclui Coessens.
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