Economia & Cidadania
Mais de 14 milhões deixam a pobreza em dois anos pelo CadÚnico, aponta governo federal
Número de famílias em situação de pobreza caiu 25% entre 2023 e 2025, segundo o Monitora MDS
09/09/2025
10:45
DA REDAÇÃO
CadÚnico conta com novo sistema em 2025 ©André Oliveira/MDS
Em dois anos, mais de 14,17 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza, de acordo com dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O levantamento do Monitora MDS, ferramenta do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, mostra que o número de famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa caiu 25% no período.
Em maio de 2023, eram 26,1 milhões de domicílios nessa situação; já em julho de 2025, o número caiu para 19,56 milhões — uma redução de 6,55 milhões de famílias.
Segundo o ministro Wellington Dias (MDS), a combinação entre desenvolvimento econômico e social tem sido decisiva:
“A renda é um componente fundamental para as pessoas terem acesso aos alimentos e o resultado é que, combinando desenvolvimento econômico e social, tiramos o Brasil do Mapa da Fome e as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo.”
O secretário da Sagicad, Rafael Osório, ressaltou que o avanço também está ligado à melhora no mercado de trabalho e à integração do CadÚnico com outras bases de dados.
“Com a integração das informações com outras bases, reduzimos a dependência da autodeclaração. Isso alivia os municípios, melhora a qualidade dos dados e ajuda a focalizar melhor as políticas públicas.”
As famílias cadastradas são classificadas em três grupos de renda mensal por pessoa:
Pobreza: R$ 0 a R$ 218;
Baixa renda: R$ 218,01 a meio salário mínimo;
Acima de meio salário mínimo.
O cálculo considera a renda do trabalho (último mês e média dos 12 meses anteriores) e benefícios como aposentadoria, pensão, BPC e doações.
Desde 2023, o governo integrou os dados do CadÚnico ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), atualizando informações de renda de 33 milhões de pessoas. Só na primeira ação, 15% das famílias em pobreza migraram para baixa renda ou acima de meio salário mínimo.
Entre janeiro e julho de 2025, o percentual de inclusão e atualização com entrevista domiciliar saltou de 11,5% para 40,2%, em razão da Lei nº 15.077/2024, que exige entrevistas presenciais para unipessoais no Bolsa Família e no BPC (com exceção de indígenas, quilombolas e população em situação de rua).
A estratégia foca famílias unipessoais e grupos populacionais específicos (indígenas, quilombolas, pessoas idosas, pessoas com deficiência, em situação de rua ou com crianças em situação de trabalho infantil).
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