Política / Justiça
Eduardo Bolsonaro pede reforço de sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes
Deputado afirma que medidas da Lei Magnitsky não têm surtido efeito e aposta em nova ofensiva de Donald Trump
01/09/2025
15:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (1º/9) que alertou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, sobre o efeito limitado das sanções aplicadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.
Segundo Eduardo, ele e o blogueiro Paulo Figueiredo levaram a pauta à autoridade norte-americana durante reunião recente.
“As matérias da imprensa brasileira estão dando conta de que a vida do Alexandre de Moraes não mudou tanto. É preciso realmente colocar para valer essa aplicação da Lei Magnitsky, até para que os EUA não percam força”, disse o parlamentar em entrevista ao canal Claudio Dantas.
O deputado avaliou que existe uma grande possibilidade de novas medidas serem adotadas contra Moraes pelo governo de Donald Trump, que não permitiria, segundo ele, o “enfraquecimento” da legislação:
“Se os americanos sancionam alguém e tem pouco impacto na sua vida, há um enfraquecimento dessa ferramenta. Eu não vejo o presidente Trump permitindo isso. Então, acho muito mais provável você avançar nessas sanções, partir para outros mecanismos.”
Em vigor há um mês contra Moraes, a legislação norte-americana tem como objetivo punir autoridades acusadas de violações de direitos humanos. Entre os efeitos das sanções estão:
Congelamento de bens e contas bancárias nos EUA
Proibição de negócios com cidadãos e empresas norte-americanas
Bloqueio do uso de cartões de crédito de bandeira dos EUA
O governo dos EUA afirmou que qualquer ativo ligado a Moraes em solo americano está bloqueado.
Eduardo Bolsonaro vem atuando nos EUA desde fevereiro para articular medidas contra ministros do STF, sobretudo Moraes, relator da ação penal que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento do núcleo central da trama golpista de 8 de janeiro de 2023 começa nesta terça-feira (2/9).
O próprio Trump já classificou o processo no Brasil como uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
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