Política / Câmara Federal
Hugo Motta reage a ameaça de sanções dos EUA e afirma que manterá atuação na Câmara
Presidente da Câmara diz ter “tranquilidade” diante de possível inclusão na Lei Magnitsky e nega que vá pautar decisões sob pressão externa
08/08/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quinta-feira (7) que não mudará sua postura política nem sua forma de conduzir a Casa diante da possibilidade de ser alvo de sanções dos Estados Unidos, nos moldes do que ocorreu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A declaração foi dada em entrevista à coluna, quando Motta foi questionado sobre a ameaça de aplicação da Lei Magnitsky, que prevê restrições a estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou cometer atos de corrupção.
“Nós não podemos vincular nossa atuação política a este ou aquele risco, porque temos que fazer o que é certo. E nada nos tirará desse foco, nada nos tirará desse objetivo. Tenho, portanto, muita tranquilidade quanto à minha atuação”, afirmou o presidente da Câmara.
Segundo apurou a reportagem, tanto Hugo Motta quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), receberam nas últimas semanas “avisos” do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de que poderiam ser sancionados pelo governo de Donald Trump caso não pautem a anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro e o impeachment de Alexandre de Moraes.
O modelo das possíveis sanções seguiria o que foi imposto a Moraes, que perdeu o visto norte-americano e entrou na lista da Lei Magnitsky.
Apesar das pressões, Motta reforçou que continuará atuando “da mesma maneira”, cumprindo o regimento interno da Câmara e a Constituição.
“Não haverá mudança na nossa forma de agir. Penso que estou cumprindo o regimento, a Constituição e buscando dar a institucionalidade e a força que a Câmara precisa para decidir sobre tantos temas”, completou.
Ao falar sobre a possibilidade de votar o projeto de anistia, Motta disse que “não tem preconceito” com pautas e que a análise de propostas depende do “ambiente político” da Casa.
Ele destacou que o avanço de matérias no plenário ocorre “sem imposição” e “sem chantagem”, frisando que esse tipo de instrumento “não é compatível com a democracia”.
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