Economia / Política
Governo prepara MP para evitar aumento na conta de energia e conter impacto na inflação
Após derrubada de veto no Congresso, Executivo articula medida provisória para impedir reajuste nas tarifas; Alcolumbre lidera diálogo com o governo
22/06/2025
07:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governo federal prepara uma medida provisória (MP) para impedir que a conta de energia dos brasileiros sofra aumentos, após a derrubada do veto presidencial que prorrogava subsídios a pequenas hidrelétricas, biomassa e energia eólica por mais 20 anos.
A informação foi confirmada nesta semana pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), após reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e representantes do Executivo.
“O governo deve editar uma MP para impedir que esses vetos derrubados tragam impacto na conta de luz dos brasileiros. Há um consenso: nenhuma medida pode gerar impacto sobre a conta de energia e sobre a inflação”, afirmou Randolfe.
O risco de reajuste surgiu após o Congresso derrubar o veto do presidente Lula (VET 3/2025) à prorrogação dos benefícios fiscais para fontes de energia renováveis. A medida, embora beneficie setores produtivos, impactaria diretamente os custos repassados na tarifa de energia elétrica.
A repercussão foi imediata tanto nas redes sociais quanto na imprensa, elevando a pressão sobre o governo para conter qualquer efeito inflacionário.
O governo deve enviar a MP em até 15 dias, dependendo do avanço das negociações. A articulação será feita por um grupo com representantes do Executivo, do Senado e da Câmara.
Segundo Randolfe, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) deve representar o Senado nas tratativas.
A MP será independente da MP 1.300/2025, que trata da modernização do setor elétrico e está em tramitação. Esta última aborda pontos como eficiência, transparência, competitividade no setor e ampliações na Tarifa Social de Energia Elétrica, que pode isentar milhões de brasileiros do pagamento da conta de luz.
“O que o governo quer, com a maior urgência, é que 60 milhões de brasileiros não paguem mais pela energia elétrica”, reforçou Randolfe Rodrigues.
Além da medida para energia, o governo trabalha na aprovação de:
MP do Fundo Social (MP 1.291/2025), que deve ser votada na terça-feira (24), com relatoria do deputado José Priante (MDB-PA).
MP do IOF (MP 1.303/2025), que ajusta a cobrança do imposto sobre operações financeiras e eleva a alíquota sobre as bets (casas de apostas) de 13% para 17%. A comissão mista será presidida por um senador, e a relatoria ficará com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
O governo ainda não possui posição fechada sobre o PL 2.234/2022, que trata da legalização dos cassinos. No entanto, avalia que as bets se tornaram uma 'lamentável epidemia' no país, segundo Randolfe.
Por isso, a MP do IOF também visa enquadrar as apostas online no imposto seletivo, com o objetivo de aumentar a arrecadação e combater distorções no setor.
Randolfe também confirmou que o senador Omar Aziz (PSD-AM) deve presidir a CPMI do INSS, criada para investigar os descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Sobre as emendas parlamentares, o líder do governo destacou que os pagamentos seguirão o rito da legislação vigente, com maior rigor na destinação dos recursos, tanto por parte do Congresso quanto do Supremo Tribunal Federal (STF).
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