Política / Justiça
Eduardo Bolsonaro ataca PGR após pedido de investigação e desafia Lula
Deputado licenciado chama processo de "achaque" e diz que sanção a Moraes fortalece oposição para 2026
26/05/2025
19:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por sua atuação nos Estados Unidos, o deputado licenciado reagiu com duras críticas ao Ministério Público, ao ministro Alexandre de Moraes (STF) e ao presidente Lula.
Em declarações públicas, Eduardo afirmou que “os processos no Brasil viraram um meio de achaque”, comparando a atuação de autoridades judiciais a ações de “gângsteres e mafiosos”. O pedido da PGR, que foi distribuído ao ministro Moraes, acusa o deputado de tentar obstruir investigações e pressionar autoridades brasileiras por meio de articulações políticas no exterior.
“Eles estão confirmando tudo aquilo que a gente sempre falou, de que o Brasil é um Estado de exceção”, disse Eduardo.
“O processo virou um meio de achaque. Um mafioso faria igual.”
O caso ganhou repercussão internacional após autoridades republicanas dos Estados Unidos, ligadas ao ex-presidente Donald Trump, cogitarem sanções contra o ministro Moraes, relator dos processos sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
O governo brasileiro considera a iniciativa um ataque à soberania nacional e observa com cautela os desdobramentos. Eduardo, por outro lado, afirmou que caberá a Lula decidir se enfrentará os EUA em nome de Moraes:
“Se o governo Lula quiser comprar a briga do Moraes e mergulhar o Brasil numa disputa contra os Estados Unidos, vai ser uma decisão dele. E nós vamos trabalhar para trocar de presidente.”
Nos bastidores, aliados de Jair Bolsonaro veem na eventual sanção a Moraes um possível fortalecimento do campo bolsonarista para as eleições de 2026. A crítica aberta do deputado ao STF é vista como parte dessa articulação para mobilizar a base conservadora.
O pedido da PGR foi assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet e acusa Eduardo Bolsonaro de possível coação no curso do processo, embaraço à investigação criminal e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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