Política / Previdência Social
Oposição protocola pedido de CPI mista para investigar fraudes em descontos no INSS
Com apoio de 36 senadores e 223 deputados, requerimento aguarda leitura no Congresso; instalação depende de Davi Alcolumbre
12/05/2025
22:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Parlamentares da oposição protocolaram nesta segunda-feira (12) um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos ilegais aplicados em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A solicitação foi assinada por 36 senadores e 223 deputados federais, superando os números mínimos exigidos — 27 no Senado e 171 na Câmara.
A comissão proposta deverá reunir senadores e deputados para apurar denúncias de fraudes em mensalidades indevidas cobradas de beneficiários do INSS, tema que tem mobilizado a atenção pública e causado desgaste ao governo federal. Apesar do número expressivo de assinaturas, a instalação da CPMI ainda depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
“Aposentados e pensionistas de todo o país foram prejudicados, e há muita confusão com as informações até aqui divulgadas. O Brasil apoia essa CPMI, e quem não apoia precisa se explicar”, afirmou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em nota oficial.
Segundo parlamentares envolvidos, a expectativa é de que o requerimento seja lido durante a sessão do Congresso Nacional prevista para o dia 27 de maio. Após a leitura, caberá à presidência do Senado formalizar a instalação da comissão.
A oposição articula visitas ao gabinete de Alcolumbre para pressionar pela imediata tramitação do pedido, que vem sendo impulsionado por denúncias de descontos indevidos aplicados por entidades suspeitas em convênios com o INSS, tema central da chamada Operação Sem Desconto da Polícia Federal.
Nos últimos meses, milhares de aposentados relataram ter sofrido descontos não autorizados em seus benefícios, atribuídos a supostos convênios com associações e entidades não reconhecidas. O caso levou a uma investigação conduzida pelo Ministério da Previdência, Polícia Federal, TCU e CGU, além de medidas anunciadas para devolução dos valores cobrados indevidamente.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Hacker afirma que Carla Zambelli mandou invadir sistema do CNJ para desacreditar Justiça
Leia Mais
PF prende “Careca do INSS” em operação contra fraudes bilionárias em aposentadorias
Leia Mais
Confira seu astral para esta sexta-feira, 12
Leia Mais
Bolsonaro pode ser preso hoje? STF fixa pena de 27 anos, mas prisão imediata ainda depende de recursos
Municípios