POLÍTICA
Lula inicia reforma ministerial em etapas; mudanças no Planalto antes do Carnaval
Presidente pretende redistribuir pastas entre aliados e Centrão; Arthur Lira pode assumir Agricultura
08/02/2025
08:35
G1
DA REDAÇÃO
O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, pousa para foto com os ministros do seu governo após a primeira reunião ministerial do ano. Realizada está segunda-feira 20 de Janeiro Residência Oficial da Granja do Torto. — Foto: MATEUS BONOMI/AGÊNCIA ESTADO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja realizar uma reforma ministerial gradual, com alterações divididas em etapas. A primeira fase terá como foco os gabinetes do Palácio do Planalto e deve ser concluída antes do Carnaval, no início de março.
Já foram feitas mudanças estratégicas, como a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). Outra alteração considerada certa é a troca do ministro Márcio Macêdo pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Secretaria-Geral da Presidência.
Além disso, a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política com o Congresso Nacional, está sendo disputada por partidos do Centrão. Caso atenda ao pleito do grupo, Lula pode deslocar Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, no lugar de Nísia Trindade.
O presidente tem pressionado Nísia Trindade para avançar na ampliação de especialidades médicas e reduzir filas no SUS. O modelo idealizado por Lula prevê a utilização da rede privada para suprir demandas do setor público, mas a proposta não teve avanço significativo.
Caso a mudança se concretize, Alexandre Padilha e o ex-ministro Arthur Chioro são os principais cotados para assumir a pasta.
Na segunda fase da reforma, Lula deve promover alterações em pastas ocupadas por petistas, entre elas:
A principal especulação envolve o Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente chefiado por Wellington Dias, que pode ser cedido ao Centrão caso a Secretaria de Relações Institucionais permaneça sob controle do PT.
O nome do deputado José Guimarães (PT-CE) também surge como possível ocupante da Secretaria de Relações Institucionais, enquanto o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva pode assumir a presidência do PT. Outra alternativa cogitada seria Jaques Wagner (PT-BA) assumir a pasta, abrindo espaço para mudanças no Senado.
A terceira fase da reforma pode envolver ministérios comandados por partidos aliados. Entre os alvos de possíveis mudanças estão:
A pasta da Agricultura é uma das mais cobiçadas pelo Centrão, e há rumores de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), possa ser indicado para a função. Entretanto, Lula só pretende avançar nessas mudanças caso os partidos concordem com a reestruturação.
Assessores próximos de Lula defendem que a reforma aconteça antes do Carnaval, mas algumas cadeiras são consideradas "imexíveis" pelo presidente e seus aliados. Entre elas, estão os cargos de:
Ambos os ministros são próximos e devem permanecer em suas funções, mesmo diante das negociações com o Congresso e partidos aliados.
A reforma ministerial de Lula promete reestruturar o governo para fortalecer alianças, equilibrando a relação com o Centrão, petistas e demais partidos aliados.
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