MUNDO
Morre aos 100 anos Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e Nobel da Paz
Jimmy Carter, que liderou os Estados Unidos nos anos 70 e foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz, falece em sua residência na Geórgia
30/12/2024
07:10
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Neste domingo (29), faleceu aos 100 anos o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, também laureado com o Prêmio Nobel da Paz. Segundo comunicado do Carter Center, instituto fundado pelo próprio Carter, ele morreu em sua casa em Plains, no estado da Geórgia.
Carter, filiado ao Partido Democrata, estava recebendo cuidados paliativos em sua residência após uma série de internações hospitalares. Sua esposa de 77 anos, Rosalynn Carter, também estava sob atendimento domiciliar e havia falecido em 19 de novembro do ano passado, aos 96 anos. Em sua última aparição pública, Jimmy acompanhou o funeral de Rosalynn e, em outubro, participou das eleições votando por Kamala Harris via correio.
James Earl Carter Jr. nasceu em 1º de outubro de 1924 na pequena cidade agrícola de Plains, na Geórgia. Proveniente de uma família próspera na região, Carter ingressou na Academia Naval durante a Segunda Guerra Mundial, formando-se como oficial engenheiro em 1946. No mesmo ano, casou-se com Rosalynn Smith. Após deixar a Marinha em 1953 devido ao falecimento de seu pai, voltou para Plains para administrar a fazenda de amendoim da família.
Iniciou sua carreira política substituindo o pai como deputado estadual, sendo reeleito e posteriormente eleito governador da Geórgia em 1970. Em 1976, aproveitando o desgaste político causado pelo escândalo de Watergate, Carter venceu as eleições presidenciais, tornando-se o 39º presidente dos EUA.
Durante seu mandato, Carter enfrentou desafios econômicos significativos, como a crise energética e altas taxas de inflação e desemprego. No entanto, também conquistou importantes avanços, incluindo a mediação dos Acordos de Camp David entre Israel e Egito, o estabelecimento de relações diplomáticas com a China e a assinatura do tratado Salt II com a União Soviética para a limitação de armas nucleares.
No cenário internacional, Carter destacou-se por suas iniciativas em defesa dos direitos humanos e promoção da paz, esforços que lhe renderam o Prêmio Nobel da Paz em 2002. Fora da Casa Branca, ele continuou ativo através do Carter Center, promovendo políticas públicas e iniciativas humanitárias ao redor do mundo.
Após deixar o cargo em 1981, Carter dedicou-se a causas humanitárias, participando de missões de paz e ajudando a resolver conflitos internacionais. Sua atuação incluiu a obtenção de acordos nucleares entre as Coreias, o fim da ditadura no Haiti e a promoção de cessar-fogos na Bósnia. Além disso, ele foi um crítico ativo de sucessores, defendendo sempre os valores de paz e justiça social.
Nos últimos anos, Carter continuou engajado em atividades do Carter Center, focando em direitos humanos e desenvolvimento sustentável. Em 2023, começou a receber cuidados paliativos, e em novembro, sua esposa Rosalynn faleceu. Em sua última ação pública, Carter participou das eleições de 2024, votando por Kamala Harris.
Jimmy Carter é lembrado como um líder que valorizou a simplicidade e a moralidade acima das tradições políticas. Sua abordagem humilde e seu compromisso com a paz e os direitos humanos deixaram um legado duradouro tanto nos Estados Unidos quanto no cenário internacional. O Carter Center, localizado em Atlanta, continua a ser uma instituição de referência em debates e ações sobre questões globais.
Linha do Tempo de Jimmy Carter:
Jimmy Carter deixa um legado de dedicação à paz, justiça social e direitos humanos, sendo lembrado como um dos mais respeitados ex-presidentes da história dos Estados Unidos.
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