CURIOSIDADES
Por que bocejamos? Entenda as causas e curiosidades desse reflexo universal
Embora ainda seja um mistério, o bocejo está relacionado à regulação do cérebro e pode ser "contagioso" entre humanos e até animais
02/10/2024
17:00
ANA KARLA SOUZA
O bocejo é uma ação involuntária que todos experimentamos, mas que ainda intriga cientistas em todo o mundo. Ele ocorre quando abrimos a boca e inalamos uma grande quantidade de ar, fazendo com que os pulmões se expandam, os músculos abdominais se contraiam e o ritmo cardíaco aumente em até 30%. Curiosamente, pesquisas indicam que o bocejo pode ocorrer já em fetos de 11 semanas, mostrando que esse reflexo faz parte do nosso desenvolvimento inicial.
Além de ser comum entre humanos, até mesmo animais como cães, gatos e peixes também bocejam. Mas afinal, por que bocejamos?
Teorias sobre o bocejo
Por muitos anos, acreditou-se que o bocejo tinha como função principal oxigenar o corpo e nos manter despertos, ao estimular a circulação do sangue e alongar os músculos. No entanto, estudos mais recentes sugerem que o bocejo pode ter um papel na regulação da temperatura do cérebro, ajudando a esfriá-lo e a mantê-lo funcionando de forma eficiente.
Outras pesquisas apontam para fatores como a regulação dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e até a participação do bocejo em funções sociais. Independentemente das causas exatas, o fato é que bocejar continua sendo uma ação necessária para o corpo e que ainda precisa ser mais investigada pela ciência.
Causas comuns do bocejo
Embora o bocejo seja um fenômeno comum, ele pode ser desencadeado por diferentes fatores. Entre as principais causas estão:
Na maioria dos casos, o bocejo é um indicador de cansaço e sonolência, mas em algumas situações pode estar relacionado a problemas de saúde, como doenças cardíacas ou distúrbios neurológicos. Quando o bocejo em excesso vem acompanhado de outros sintomas, pode ser necessário procurar um médico para investigar as causas.
Bocejo contagioso: empatia e socialização
Outro aspecto fascinante do bocejo é sua natureza contagiosa. Estudos mostram que quando vemos ou ouvimos alguém bocejar, ou até lemos sobre o assunto, há uma alta probabilidade de bocejarmos também. Esse fenômeno está ligado à empatia, já que pessoas com maior empatia tendem a ser mais suscetíveis ao bocejo contagioso.
Imagens cerebrais revelaram que as áreas do cérebro associadas às funções sociais são ativadas quando observamos outros indivíduos bocejando. Esse efeito também ocorre em animais, como cães, que costumam bocejar ao verem seus donos bocejando.
Bocejo e evolução
Há também teorias que associam o bocejo à evolução. Alguns especialistas acreditam que nossos ancestrais utilizavam o bocejo como uma forma de demonstrar os dentes em situações de confronto. No entanto, a ideia mais aceita é a de que o bocejo tem relação com tédio, fadiga ou cansaço, embora ainda não haja consenso.
Apesar de ser um tema amplamente estudado, o bocejo permanece um mistério em vários aspectos. Enquanto novas pesquisas continuam a explorar suas causas e efeitos, uma coisa é certa: quando uma pessoa boceja, outras ao seu redor podem acabar bocejando também.
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