Agente da Guarda Municipal de Curitiba foi morto a tiros, por motivos passionais, de acordo com o MP. Crime ocorreu em junho de 2019.
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Guarda Municipal de Curitiba morreu após ser baleado, em Pinhais �?? Foto: Tony Mattoso/RPC |
A Justiça aceitou, na noite desta segunda-feira (21), a denúncia contra os policiais militares Gustavo Feliphe dos Santos Fabri e Edijaime Damaceno Bastos e o empresário Maycon Rodrigo da Rosa, acusados do assassinato do guarda municipal Rodrigo Anderson de Paula Rocha.
Agora eles se tornaram réus no processo e passam a responder por homicídio duplamente qualificado.
A denúncia foi aceita pela juíza Daniele Miola, da Vara Criminal de Pinhais. Na decisão, ela revogou a prisão temporária dos acusados e determinou que eles sejam monitorados por tornozeleira eletrônica por 90 dias. Eles estavam presos desde o dia 10 de dezembro.
Relembre o caso
O Guarda Municipal Rodrigo Rocha foi morto em junho de 2019, após ser rendido em um local de obra de um supermercado, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo os promotores do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o assassinato foi cometido por motivos passionais.
A vítima trabalhava como agente da guarda na capital, mas estava de folga da corporação no momento do crime, enquanto trabalhava como vigilante.
O empresário, apontado como mandante, ainda de acordo com os promotores do MP, planejou o crime "movido pelo sentimento de ciúme e de despeito decorrente do fato de sua cônjuge ter passado a se relacionar afetivamente" com a vítima.
Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público, Rosa contou com a colaboração dos dois policiais.
Medidas cautelares
Diante da soltura, a Justiça determinou as seguintes condições:
- Pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos;
- Não se ausentarem da comarca onde residem por mais de oito dias sem autorização judicial;
- Recolherem-se em suas residências no período noturno (das 22h até as 06h) e finais de semana, podendo sair apenas por motivos de trabalho ou emergenciais de doença;
- Uso e manutenção de tornozeleira eletrônica;
- Receberem as visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responderem a seus contatos e cumprir suas orientações;
- Proibição de se aproximarem ou manterem contato com as informantes e testemunhas.
O outro lado
O advogado Renan Pacheco Canto, que defende a família do guarda municipal, disse que a família aguarda a realização das audiências na certeza de que a Justiça irá remetê-los ao júri popular.