Política / Justiça
Braga Netto poderá receber visita de Tereza Cristina e Nelsinho Trad na prisão
Autorização do STF inclui 24 parlamentares; general está detido desde dezembro por envolvimento em atos antidemocráticos
10/04/2025
20:46
CGN
DA REDAÇÃO
Braga Netto e Tereza Cristina, durante reunião ministerial ocorrida em 2021. (Foto: Alan Santos/PR)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (10) a visita de 24 parlamentares ao general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), atualmente preso na Vila Militar do Rio de Janeiro.
Entre os nomes autorizados estão os senadores sul-mato-grossenses Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD). Ambos fazem parte do grupo que solicitou acesso ao ex-ministro, detido desde 14 de dezembro de 2024 por suspeita de envolvimento em um plano golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
O pedido foi protocolado inicialmente pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com extensão a outros parlamentares aliados. A decisão do ministro Alexandre de Moraes determina que:
As visitas devem ocorrer conforme regras da 1ª Divisão do Exército;
Haverá limite de três visitas por dia, com datas previamente definidas;
Está proibida a entrada de assessores, seguranças, imprensa, celulares e equipamentos eletrônicos.
Além de Tereza Cristina e Nelsinho Trad, estão autorizados a visitar Braga Netto:
Plínio Valério (PSDB)
Rogério Marinho (PL)
Chico Rodrigues (PSB)
Marcio Bittar (União Brasil)
Luis Carlos Heinze (PP)
Hamilton Mourão (Republicanos)
Marcos Rogério (PL)
Sérgio Moro (União Brasil)
Eduardo Girão (Novo)
Laercio Oliveira (PP)
Mecias de Jesus (Republicanos)
Romário Faria (PL)
Alan Rick (União Brasil)
Jorge Kajuru (PSB)
Cleitinho Azevedo (Republicanos)
Styvenson Valentim (Podemos)
Zequinha Marinho (Podemos)
Dr. Hiran (PP)
Carlos Portinho (PL)
Damares Alves (Republicanos)
Braga Netto é réu no STF por supostamente ter:
Participado da formulação de um plano para deslegitimar as eleições de 2022;
Interferido em investigações da Polícia Federal;
Financiado atos antidemocráticos, incluindo tentativas de golpe de Estado.
Segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Braga Netto teria entregue dinheiro em uma sacola de vinho a membros das forças especiais do Exército. A quantia teria como finalidade financiar um plano que previa até o assassinato do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes.
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