Campo Grande (MS), Domingo, 15 de Junho de 2025

POLÍTICA

PF apreende celular de Wassef durante ação em restaurante em SP

Ação da PF foi feita na noite desta quarta-feira (16). Advogado disse ter desembolsado US$ 50 mil para recomprar um relógio de luxo vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro.

16/08/2023

23:38

G1

©DIVULGAÇÃO

O advogado Frederick Wassef, que admitiu ter desembolsado quase US$ 50 mil para recomprar um relógio de luxo vendido irregularmente por assessores de Jair Bolsonaro, foi alvo de uma busca pessoal autorizada pela Justiça na noite desta quarta-feira (16).

Segundo pessoas que acompanham a abordagem, Wassef foi localizado pela Polícia Federal (PF) em uma churrascaria que fica dentro de um shopping, na Zona Sul de São Paulo, e teve o celular apreendido.

Outras pessoas estariam no estabelecimento e acompanharam o procedimento. Wassef pareceu surpreso, mas não manifestou qualquer resistência. Além do celular apreendido, ele teve o carro revistado.

Na última sexta (11), quando a PF deflagrou a operação sobre a venda e recompra irregular de joias destinadas ao governo brasileiro, Wassef não foi localizado. Por isso, a busca pessoal nesta quarta.

Ao todo, quatro policiais do Setor de Inteligência da PF estavam procurando por Wassef desde o início da tarde desta quarta, em São Paulo. Os agentes percorreram restaurantes da Zona Sul da capital para encontrar o advogado.

Outro ponto que está sendo analisado pela PF é um arsenal que o advogado tem registrado no Exército. As armas, incluindo um fuzil, precisam obrigatoriamente estar vinculadas a um endereço. No entanto, quando os agentes estiveram em um endereço de Wassef durante a operação na última sexta-feira (11), nada foi localizado.

Agora, a PF quer saber onde estão as armas de Wassef e se eles foram recadastradas.

Entenda o caso

O relógio de luxo da marca Rolex foi um presente de autoridades sauditas a Jair Bolsonaro durante uma viagem oficial do então presidente da República em 2019 à Arábia Saudita e ao Catar.

O item foi levado para os Estados Unidos – para onde Bolsonaro viajou às vésperas de deixar a Presidência – e, lá, foi vendido ilegalmente pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, segundo a PF.

Em 15 de março, o TCU definiu prazo de cinco dias úteis para que Bolsonaro entregasse ao tribunal um kit com joias suíças da marca Chopard, em ouro branco, recebidas como presente do governo da Arábia Saudita em viagem oficial de 2019. A joia foi devolvida.

Após a existência do Rolex ser revelada, em março deste ano, assessores do ex-presidente colocaram em campo uma operação para reaver o relógio, e Wassef, segundo as investigações, viajou aos Estados Unidos para buscá-lo.

A PF identificou diversas interações entre Wassef e Mauro Cid na época. Em 11 de março, Wassef embarcou para os Estados Unidos.

Nos últimos dias, o advogado deu versões diferentes sobre a recompra do Rolex. Em nota, no domingo (13), Wassef afirmou: "Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta".

Ao blog da Andreia Sadi, ele confirmou a viagem aos EUA, mas disse que nem confirmava nem negava a compra do relógio.

Já na terça-feira (15), Wassef assumiu ter comprado o Rolex: "Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo, quando comprei o relógio, era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse em entrevista coletiva.

A suspeita da PF é que Wassef vendeu o item de luxo em 2022 e, depois, o recomprou em 2023. Na sexta-feira (11) os agentes fizeram uma operação para apurar a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações de outros países.

O relógio foi vendido para uma loja chamada Precision Watches, na Pensilvânia. O item de luxo deixou o Brasil, segundo a investigação, em um avião da Força Aérea Brasileira, junto com uma comitiva do ex-presidente.

blog do Valdo Cruz revelou na segunda-feira (14) que o nome de Wassef aparece no recibo da recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos. A PF acredita que o recibo é uma "prova contundente" contra o advogado.


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